quarta-feira, agosto 30, 2006

Não ouço quase nada

Puxa, não ouço quase nada!
Com os banhos de piscina no Algarve, fiquei com os ouvidos entupidos.
Fui às urgências do Hospital da CUF Descobertas e deram-me um líquido para desfazer a caca que tenho dentro dos ouvidos. Ainda levei uma descompustura da médica por limpar os ouvidos com cotonetes.
Pus o líquido. Só que a porcaria em vez de sair, instalou-se mais fundo nos ouvidos. Se calhar devia caminhar a fazer o pino. Para além de complicado, aqui na empresa internavam-me como maluco.
6ª feira já vou a uma consulta de Otorrino na CUF para fazer a lavagem aos ouvidos.
Vamos lá a ver se a lavagem não me vai puxar os (poucos) neurónios que tenho.
Por um lado, a surdez tem uma vantagem: não se ouvem certas barbaridades. Por outro, faz uma certa pressão na cabeça; tipo dor de cabeça.
Para quem tem um trabalho intelectual, é muito desagradável. Dá vontade de meter um gancho pelos buracos das orelhas e arrancar tudo; tímpano incluído.

terça-feira, agosto 29, 2006

24 anos de namoro

No passado dia 27 (Domingo) fez 24 anos que comecei a namorar a minha querida esposa. Estávamos de férias na Costa da Caparica e nessa tarde fomos jogar às cartas com uns amigos ao Ninho. Foi aí que tudo começou, com uns deliciosos beijos naquelas bochechas, que ainda hoje adoro beijar.
Olho para trás e lembro-me como se fosse hoje. Parece que foi há pouco tempo, e no entanto....
Tivémos durante este tempo excelentes momentos, uma vida repleta de sorrisos e contrariamente ao que é habitual sem grandes mau momentos.
Mulher inteligente, culta, doce; de um trato inigualável. Sem uma palavra de rancor, sempre com um sorriso para os amigos e até alguns inimigos, que ela desconhece ou finje desconhecer. Mãe estremosa, com uma paciência sem fim; até para mim. Mulher com um olho azul capaz de 24 anos passados, me deixar água na boca. Uma voz melodiosa que me tranquiliza. Um corpo.........!!!!!!!!!!!!!
No Domingo estávamos na piscina no Algarve e olhava de longe para a minha mulher. Como eu adoro aquela criatura, tanto por fora, como por dentro.
Por várias vezes já lhe disse que ela não consegue sequer imaginar o quanto eu gosto dela. Ela diz que sabe, mas na realidade não faz a mais pequena ideia.
Por vezes só da a ver, ainda sinto o coração a acelerar. É impressionante!
Tenho por hábito beijá-la muito; abraçá-la; fazer-lhe festas. Ela gosta, mas não faz ideia do que eu sinto por dentro quando o faço.
Ontem, 2ª feira, depois de chegarmos do Algarve, fomos ao supermercado mais a filha comprar pão e iogurtes, que já estavam a fazer falta. Quando vínhamos para casa, com a criança a correr uns metros à nossa frente, disse-lhe: eu gosto tanto de ti!!! Ela sorriu. Sorriu com uma cara de deliciada, como fica sempre que lhe dou um piropo.
O que ela não sabe é o quanto isso é verdade. Não me importo. Eu sei e isso basta-me.

Retorno à normalidade

A casa voltou ontem à normalidade. Ainda bem!
Já se ouve a vozinha da minha filha pela casa toda. A presença da minha mulher também me é imprescindível.
Gosto muito das férias, mas sabe bem voltar a casa; à rotina diária!

terça-feira, agosto 22, 2006

Silêncio

No Domingo, a minha mulher e a minha filha foram de fériaspara o Algarve de comboio.
Apanharam o “Alfa” para Faro e os meus cunhados, foram buscá-las à estação.
Eu sou suspeito, mas o comboio é de longe o melhor transporte público que existe: confortável, insonorizado, espaçoso, e neste caso, com televisão, bar, ar condicionado, música, .....
Acontece que como se trata de um comboio pendular, este inclina para o lado de dentro das curvas, como forma de contrabalançar a inércia. A minha mulher acabou por chegar ao Algarve enjoada, mal disposta. Embarcaram a seguir ao almoço e talvez por este motivo, a digestão parou. Coisas que acontecem.
Em casa, o silêncio é sepulcral! Sem as duas, parece uma casa fantasma; só tenho a companhia dos pássaros. Tenho a televisão, o vídeo, o computador, a aparelhagem de som,....,só para mim; até posso ler!
É no mínimo impressionante o movimento que uma miúda de 3 anos consegue fazer em casa. É uma autêntica revolução!
A verdade, é que sinto a falta delas. Tenho mais liberdade para fazer o que quero, mas sinto muito a falta delas.
5ª feira já vou para baixo ter com elas. Vão ser 4 dias que me vão saber muito bem. Quero levantar-me muito cedo, para ir à praia passear à beira-mar. Depois por volta das 11:00/11:30, regressar a casa para tomar um banho na piscina. Almoço e soneca.
Vamos ver se os planos não saem furados.

PDI

Hoje de manhã a minha esposa não estava “grande espingarda”.
É uma linda mulher, sempre bem disposta, alegre, optimista, mas como toda a gente tem “dias não”. Hoje é um deles.
Assim, levei para o almoço o meu tecladoe telemóvel e enquanto almoçava, através do “Messager” fui-me comunicando com ela.
A certa altura perguntou-me se estava a almoçar sozinho. De facto estava. Aliás, tem sido prática habitual desde que vim de férias. Enquanto almoço, ou vejo televisão no telefone (“Discovery Channel”), ou estou no “Messager” com a minha “cara metade”.
Cada vez tenho menos paciência para as conversas imbecis que se trocam à hora de almoço. Gostava muito de almoçar com gente intelectualmente superior, culta, mas isso é cada vez mais difícil devido à raridade....ou se calhar sou eu que estou cada vez mais exigente....ou então, será a idade. A porcaria do PDI.
A verdade é que nos últimos tempos, tenho sentido uma enorme transformação quer física, quer emocional e intelectual.
Perdi a pachorra para os filmes de tiros, com tipos esfaqueados, esventrados e companhia. Perdi a pachorra para os frente a frente na televisão (excepção feita ao Prof. Marcelo Rebelo de Sousa). Os noticiários são o que sabemos. Se as notícias em que profissionalmente estou por dentro são deturpadas, o que acontecerá com as outras. Os próprios jornais.......até o desgraçado do Expresso......
Ontem mais uma vez estive do site da Universidade Católica a ver o curso de MBA.
Sinto necessidade de me dar com gente intectualmente superior. Adoro conversar com o meu tio Zé, mas isso só acontece de vez em quando.
Ontem perdi um pouco do meu tempo de trabalho à conversa com o director comercial da área de fabricação. Indivíduo novo, mas inteligente e culto. Caso raro hoje em dia. Felizmente sobra-me a minha mulher. Pessoa inteligente, arguta, com um interesse intectual um pouco diferente do meu, mas que consegue estimular-me.
Será que me estou a tornar num elitista?
Para me satisfazer, meto cada vez mais a cara nos livros. Pena tenho de não ter mais tempo. Paciência!
Sinto uma grande mudança em mim. Será a andropausa a chegar? Ou apenas o PDI?

quarta-feira, agosto 16, 2006

O Outono aproxima-se

Hoje começou a chver. As temperaturas já começaram a baixar dos 30ºC.
Para quem está de férias, acredito que seja aborrecido, mas como eu já usufruí das minhas....
Começa a regressar o tempo em que se pode passear de bicicleta. Comprei uns pneus novos e ainda não tive o prazer de os experimentar.
No mês passado, comecei a olhar para os pneus e achei-os estranhos. Debrucei-me e constatei que o que estava a ver já não era a borracha, mas sim a malha metálica de suporte destes. Epá! Está na hora de proceder à troca. Comprei uns bonitos pneus Michelin, que me custaram uma nota preta, mas ficaram lindos depois de montados. São “mais gordos” dos que tinha anteriormente; mais “grip”, mais esforço para pedalar, mas com uma estética de ir às lágrimas.
Também não podia exigir muito mais dos pneus velhos. Já tinham uns milhares largos de quilómetros no pelo.
A minha bicicleta de estimação, oferecida pela minha mulher quando fizémos 1 ano de casados (há cerca de 16 anos), está linda.
Estou desejoso por voltar a sentar o rabo no selim. Se há coisas que adoro fazer, passear de bicicleta é uma delas,.....,mas não com temperaturas acima dos 30ºC. Gosto de passear, mas não sou nem fanático, nem maluco. Mal por mal, prefiro passear à chuva com o meu impremeável.
Vamos lá a ver se é desta que vou conhecer Lisboa de bicicleta. Já tenho os mapas, o suporte,....,enfim todo o equipamento necessário.
Só falta começar a definir os itinerários e .......pedalar.
Tem que haver primeiro uma preparação física, porque senão fico a meio das colinas de Lisboa. Passeios de início em terreno plano e gradualmente ir aumentando o grau de dificuldade.
Dia 3 de Setembro se tudo correr bem, será a primeira saída.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Moradia

Outro dia estive a ver um programa no canal “Discovery”, sobre a habitação nos primórdios da civilização. Começaram a construir em altura, quando começou a haver falta de espaço.
Quer queiramos quer não, salvo honrosas excepções, morar num apartamento é uma forma de encaixotar pessoas. No Japão já há hotéis com quartos com 2m x 1m x 1m com ar condicionado, apenas para passar a noite. Que horror!
Um dia “quando for grande” ainda hei-de ter uma vivenda com um grande alpendre e um belo relvado à volta.....para ler, ouvir música, descansar.
Ah, claro,....e um sotão para montar o meu comboio eléctrico Märklin, ter a minha biblioteca, o meu computador e a minha aparelhagem sonora.
O cão Labrador ou Begal será a seguir.
A casa não precisa de ser muito grande; o jardim, sim!
Em tempos, ainda comecei a fazer projectos de moradias, só que o tempo livre começou a escassear e o “hobby” foi-se.

Vontade de não fazer nada

Existem momentos na vida, em que não apetece fazer absolutamente nada.
Só pensar nisso, cansa.
Quando estas alturas aparecem, há que não perder a calma e esperar que a vontade de trabalhar volte.
Hoje está outra vez muito calor. Talvez seja essa a razão. Agora que não me apetece fazer “ponta del corno”, não apetece.
Há medida que a idade avança, começo a perder a paciência para o mês de Agosto. Felizmente este ano não tenho que estar de férias, no meio de milhões de pessoas. A trabalhar no meio de ninguém, é que se está bem. O problema não é esse: não tenho paciência para o calor; quando passa dos 30º é demais para mim. Felizmente no gabinete estão 24º.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Frases

Existe uma elite de pensadores, que por vezes têm um conjunto de frases que permitem em poucas palavras dizer um mundo de verdades incríveis.
Sem tradução para não se perder o “sabor”:

“Trust yourself, then you will know how to live” (Goethe)
“A man without a purpose is like a ship without a rudder” (Thomas Carlyle)
“ Not by age but by capacity is wisdom acquired” (Plautus)
“Life shrinks or expands in proportion to one’s courage” (Anais Nin)
“Anyone who keeps learning stays young” (Henry Ford)
“Progress has little to do with speed, but much to do with direction” (Anon)
“From small beginnings come great things”
“The aim of life is to live, and to live means to be aware” (Henry Miller)
“If we can dream it, we can do it” (Anon)
“There is always room at the top” (Daniel Webster)

17 anos de casado

No passado Sábado fiz 17 anos de casado. Mais 7 anos de namoro, significa que já conheço a minha esposa há 24 anos!!!
24 anos é muito tempo; no entanto, parece que a conheci ontem. É uma sensação muito estranha!
Costuma-se dizer que com o tempo a paixão desaparece e o que fica é aquilo a que se chama de amor. De facto, a paixão não tem a mesma intensidade de há 24 anos, mas por incrível que pareça, continuo a senti-la.
Temos temperamentos bem diferentes, mas que se interligam quase na perfeição, conseguindo ser um todo único, bem agregado, sólido.
Gostamos de estar um com o outro.
Não somos as mesmas pessoas de há 24 anos. Não há dúvida que a vivência, a experiência, vai moldando as mentes e estas vão-se transformando. Por vezes tais mudanças podem levar a choques de personalidade e muitas vezes à ruptura da relação. Felizmente tal não é o nosso caso.
Até o aparecimento dos filhos, com o consumo de tempo que tal implica, por vezes reduz o espaço temporal de conversa entre o casal, levando a pouco e pouco a um relacionamento de silêncio, que passa a não ser coisa nenhuma. Mais uma vez, também não foi o nosso caso. Claro que o tempo mútuo se reduziu, mas não abalou o relacionamento.
Considero-me uma pessoa previligiada.
A seguir ao almoço, deixámos a criança com os meus pais e fomos ao Centro Comercial Colombo ver o filme “A casa do lago” e lanchar. Um programinha a 2, que soube muito bem.
O filme está bem feito; é um romance bem agradável de ver e depois o lanchinho, acompanhado por aqueles olhos azuis que eu sempre amei, rematou o dia de forma divinal.
Eu gosto muito da minha mulher!