quinta-feira, janeiro 18, 2007

Educação cívica

Já se reparou, que 90% das pessoas, não sabem o que dizer quando entram numa sala de espera ou num elevador e nomeadamente quando saem? Tanto novos como mais velhos!
Já se reparou que muitas pessoas não sabem como utilizar um simples guardanapo à mesa?
E que em alguns casos, nem devidamente usam uma faca ou um garfo?
Quantas pessoas sabem socorrer feridos numa emergência?
Quantas pessoas julgam que se pode engravidar ou apanhar SIDA através de um beijo?
Quais são as funções da Procuradoria Geral da República? E as do Provedor de Justiça?
Ora bem, na sequência do meu escrito anterior, vivemos em sociedade e felizmente num Estado de Direito (quantas pessoas não sabem o que é um Estado de Direito?).
Daí que independentemente de crenças religiosas ou outras, temos que aprender as regras mínimas de comportamento em sociedade. Temos que perceber os problemas e desafios que se nos colocam diariamente e como os ultrapassar. Temos que conhecer as nossas instituições (nacionais e internacionais). Perceber para que servem, porque foram criadas.
Assim, entendo que a escola para além de ser uma instituição com o objectivo de promover a instrução, deveria também promover a educação.
Desde a mais tenra idade deveria haver uma disciplina de educação cívica que seria tanto mais aprofundada, quando mais maduros fossem os instruendos, versando assuntos como seja:
Etiqueta e boas maneiras
Anatomia Humana
Educação sexual
Hegiene
Regras de trânsito
Hábitos alimentares saudáveis
Diversidade cultural e religiosa
Instituições nacionais e internacionais (seu funcionamento e interligações)
Preservação do meio ambiente
Psicologia comportamental
Problemática do alcool e da droga
......

Enfim, temas que regulam ou estão relacionados com a intercomunicabilidade e vivência humana.
Ferramentas que nos permitam uma melhor integração na sociedade e um melhor entrosamento para atingir fins comuns.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Proibido proibir III

Interrupção voluntária da gravidez.
Ora aqui está outro caso caricato.
Quem ganha com a penalização?
As mulheres grávidas? Não. Para abortarem têm que ter largos recursos financeiros para o fazerem no estrangeiro em condições dignas ou têm que sujeitar-se a fazê-lo com a ajuda de “parteiras” muitas vezes não diplomadas e em lugares sem qualquer assistência médica. Como terceira opção, recorrendo a medicamentos que induzam espontâneamente tal situação, para que sejam acompanhadas no nosso sistema de saude de forma legal.
Os filhos que por vezes sobrevivem ao aborto mas que são muitas vezes criados sem o carinho dos pais? Não. Muitas vezes são alvo de sevícias e crueldades, realizados por estes e respectivos familiares durante anos, perturbando o que deveria ser o normal desenvolvimento da criança, tornando-os muitas vezes adultos altamente revoltados. Outras vezes, até acabam assassinados.
O Estado? Não. Fica desacreditado pela falta de autoridade policial que evidencia. Em termos económicos, não sei fazer as contas. Por um lado perde os impostos das Clínicas privadas que poderiam abrir para fazer face a tal necessidade. Por outro, os serviços de saúde seriam sobrecarregados com mais este tipo de operações. No entanto, será necessário falarmos de dinheiro, num assunto desta natureza?
Então, o que se está à espera?
Porque é que certas franjas da sociedade não querem a despenalização do aborto?
As convicções religiosas não o permitem? Ninguém vai obrigar ninguém a abortar. As consciências de cada um, ditarão a decisão a tomar.
Qual é então o problema?
Se eu não o posso fazer por convicção, não quero deixar que outros o façam?
Não estarei a querer decidir por terceiros?
Não estarei a querer restringir a liberdade de cada um, impondo a minha vontade?
É mais humano vermos crianças entregues a instituições de caridade ou maltratadas pelas famílias?
No caso limite, olhe-se para a miséria que graça nas ruas das cidades do 3º Mundo, com as crianças ao abandono, comendo dos caixotes do lixo e outras morrendo à fome. É isto que gostaríamos que nos acontecesse? Julgo que não!

Nota final:
Obviamente que deveremos implementar um aconselhamento psicológico prévio às mães que demonstrem dúvidas sobre a natalidade.
Obviamente que deveremos reforçar o ensino da educação sexual nas escolas. Aliás a meu ver, deveria haver mesmo desde a mais tenra idade uma disciplina de educação cívica, que acompanhasse as crianças até pelo menos o final do ensino secundário.

Agora querer decidir por terceiros, retirando-lhes tal perrogativa, tal liberdade, quando tal situação, em nada afecta a nossa liberdade, NÃO!!!!

Proibido proibir II

A prostituição é outro caso gritante. Trata-se se uma profissão que foi proibida por lei.
O que aconteceu? Deixou de haver prostituição? Não!
Os homens deixaram de frequentar as prostitutas? Não!
Agora a profissão é exercida clandestinamente nos bares, discotecas, a cada esquina, nas beiras das estradas e caminhos das nossas povoações.
Quem ganha com tal situação?
As prostitutas? Não. Não têm acompanhamento médico, não têm protecção pessoal e têm que trabalhar à intempérie.
Os frequentadores? Não. Arriscam-se a contrair doenças venérias, estão a ter relações sexuais com profissionais sem qualquer tipo de higiene,...
As famílias? Não. Passeiam no espaço público com crianças e são obrigados a depararem-se com um panorama difilmente explicável a crianças pequenas.
O Estado? Não. Fica desacreditado pela falta de autoridade policial que evidencia, e perde receitas de impostos.
Tudo isto em bom nome de uma hipocrisia que graça na sociedade portuguesa.


A droga é outro exemplo semelhante.
Porque é que se proíbe a comercialização e o consumo da droga? Para que o preço suba e quem se encontra a trabalhar no ramo aufira rendimentos muitíssimo superiores aos que seria normal num mercado aberto.
Pergunto-me:
Quem se quer drogar, deixa de o fazer por ser ilegal? Não.
É difícil encontrar produto no mercado? Não.
Sou obrigado a viciar-me? Bem, neste momento face aos rendimento do tráfico, sou aliciado a fazê-lo. Se despenalizarmos o seu consumo, deixam de me importunar. Não justifica.
Quem ganha com a liberalização?
Os consumidores? Sim. Passam a ter o produto mais barato, deixam de arruinar as famílias ou a roubar terceiros para arranjar dinheiro para o vício.
As famílias? Sim. Pelo motivo atrás referido e porque deixam de ter nas escolas e outros locais públicos profissionais a aliciarem os seus filhos.
O estado? Sim. Aumenta a receita de impostos e elimina os custos com a luta contra o narco-tráfico.
Os traficantes? Não. Esses que me desculpem, mas arranjem outro ofício. O mercado emagrece, os lucros também, logo para que o bolo chegue para saciar a fome, têm que ser menos a comer. Para serem os mesmos, têm que diminuir a ração.
Então, porque é que esta hipócrita sociedade em que vivemos continua a ter pudor na liberalização. Algumas pessoas, porque não passam de intelectualoides de 3ª categoria, outros porque ganham dinheiro com o narco-tráfico.

Nota final:
Claro que tal tomada de posição, teria que ser tomada de uma forma global pelos países e não apenas por Portugal individualmente, pois cairíamos na possibilidade de nos tornar-mos no cano de esgoto da Europa; basta ver o caso de (parte) Amesterdão.
Além disso, dever-se-iam reforçar as campanhas públicas contra tal prática, demonstrando as graves consequências que daí advêm.

Muitos mais exemplos existem.

Proibido Proibir

Sempre entendi, que dentro de determinados limites, proibir o que quer que seja só tem efeitos contraproducentes.
Entendo que se a permissão não põe em causa as liberdades individuais de cada um, não deve ser posta em causa. Não podemos passar a vida a ser pápás uns dos outros.


Lembro-me que logo após o 25 de Abril de 1974, foram proibidas as engraxadorias em Portugal.
Escovar os sapatos seja a quem for, era na altura considerado um acto de servilismo e como tal à luz do socialismo, altamente condenável.
Fecharam todos os estabelecimentos na época. Claro que, os trabalhadores que durante toda uma vida, fizeram deste “metier” a sua profissão, viram-se de um momento para o outro no desemprego. Como foi sempre a profissão da sua vida e porque na maioria deles, as habilitações académicas não davam para mais, não tiveram outra alternativa que não fosse, pôr a caixinha das pomadas às costas e estebelecerem-se por conta própria na via pública.
Quem ganhou com o assunto? Ninguém! Nem o próprio Estado, que acabou por perder uma evidentemente micro pequeníssima fatia dos seus impostos.


Outro caso histórico gritante: a lei seca nos Estados Unidos.
A proibição de comércio e consumo de bebidas alcoólicas, apenas favoreceu o aparecimento de alambiques em caves escondidas. Al Capone não teria sido ninguém, sem a lei seca. Criaram-se bandos organizados, com profundas raízes ainda nos tempos presentes, morrendo milhares de pessoas nas rixas com a polícia e entre gangs rivais.
E para quê?
Para se liberalizar mais tarde a venda destas mesmas bebidas alcoólicas.


No relacionamento entre estados, acontece a mesma coisa.
Para que serve um embargo económico ao país A? Normalmente existe sempre um país B que por laços de amizade ou interesses economico-estratégicos comuns não acata tal decisão.
Então o que acontece?
A maioria dos países que concordaram com o embargo ao país A, vendem os produtos ao país B, que por sua vez os revende ao país A.
Na realidade, o país A acaba por adquirir os produtos na mesma. Tem é que os comprar a uma 3ª entidade, por um preço evidentemente muito superior.
Quando esse país é rico, como é o caso da África du Sul, não se passa quase nada. Quando o país é pobre como Cuba, acabam por ter de se impor restrições internas, não aos líderes dos países, mas às populações, que acabam por ser as mais afectadas.


Muitos mais exemplos existem.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Amigos II

Ainda no Porto, mas desta vez no Domingo, fomos presenteados com mais um almoço 5 estrelas.
Desde o requinte posto na mesa, às entradas de rissóis de todos os tipos e feitios, ao convívio que existiu, é difícil não ficar rendido ao pessoal do Norte.
A dona da casa é daquelas pessoas em que dá para acreditar que a química entre os seres humanos de facto existe. Logo quando a conheci pela 1ª vez, fiquei fã dela. Pessoa deliciosamente simpática e simples, franca e leal. Debaixo de uma capa de mulher forte e decidida, está uma senhora muito sensível, mas que não gosta que os outros se apercebam da sua sensibilidade.
Foi uma manhã e um almoço inesquecíveis.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Amigos

Outra grande lição que recebi no Porto, passou-se no Sábado.
Tanto eu como a minha esposa, não sabíamos como reagir à doença grave de um amigo nosso.
Às vezes somos mal entendidos pelo que dizemos e às vezes pelo que não dizemos.
Gostávamos muito de o ver; se possível de almoçar com ele.
Não por pena, piedade ou outra coisa qualquer, mas simplesmente por ele ser o que é.
A filha dele estava connosco e telefonou-lhe. Para nosso grande contentamento acedeu a almoçar no Sábado connosco.
Ía ser internado na 2ª feira para ser operado. No entanto, não deixou de ir almoçar demonstrando uma força anímica surpreendente...bem melhor do que a nossa.
Não sei se seria capaz de demonstrar tamanha garra!
Agora passados uns dias, soube que já foi operado, foi para casa, já conduz e até almoça com os amigos. Como eu fico feliz de saber disso.

A vida de facto só faz sentido se a soubermos viver, cada hora, cada minuto.
Não devemos deixar para amanhã, o que podemos fazer hoje.
A vida sem objectivos é como batatas fritas sem sal.

Outra coisa que aprendi, é que a partir dos 45-50 anos, é preciso fazer um check-up anual. A vida não está nas nossas mãos, pelo que quanto mais cedo dermos pelos problemas e os tentemos resolver, maiores são as probabilidades de termos sucesso.
Enfiar a cabeça na areia, não está com nada!

Grande homem, não te esqueças que temos um passeio pedestre combinado para o Gerês. Agora mais do que nunca, faço questão de estar presente.
Tenho é de melhorar a minha forma física. Não quero passar vergonhas.

Um grande abraço.

Ano Novo

E pronto! Cá estamos no Ano Novo.
Bem passado em terras alentejanas conversando com pessoal 5 estrelas à beira de mesas excelentes e fartas.
A conjuntura Nacional e Internacional não me algura nada de bom para este ano que se inicia, no entanto não sei porquê, algo me diz que vai ser um ano excelente.
Trata-se de uma contradição terrível, mas o meu 6º sentido raramente me engana.
Para mim, se 2007 fosse como 2006 já me dava por satisfeito,......, mas estou desconfiado que vai ser um excelente 2007.

As 1ªs medidas objectivo para este início de ano são:

1º Reiniciar as minhas lides na pesca. A licença de pesca para mares exteriores, já cá canta; tirei-a ontem no Multibanco; a de mares interiores já a pedi a um colega.

2º Retomar os meus passeios matinais de bicicleta ao Domingo. É desta vez que quero ir conhecer a minha Lisboa, de uma forma mais profunda, como se fosse um turista. Quero também dar umas voltas pela Costa da Caparica, pelo Meco,....., ver o mar, encher os pulmões de ar puro, aumentar o meu contacto com a Natureza.

3º Retomar a bicicleta estática às 3ª e 5ª feiras:
2,5 minutos a menos de 100 pulsações/minuto
2,5 minutos entre as 100 e as 115 pulsações/minuto
20 minutos entre as 130 e as 140 pulsações/minuto
2,5 minutos entre as 100 e as 115 pulsações/minuto
2,5 minutos a menos de 100 pulsações/minuto
Total = 30 minutos

4º Perder 6Kg de peso para tentar atingir a fasquia dos 72Kg.

5º Continuar a estudar Alemão.

Sobretudo menos sofá, menos televisão, mais leitura, menos madracice física e intelectual.
Quanto ao resto, vamos dar tempo ao tempo.