quarta-feira, janeiro 17, 2007

Proibido proibir II

A prostituição é outro caso gritante. Trata-se se uma profissão que foi proibida por lei.
O que aconteceu? Deixou de haver prostituição? Não!
Os homens deixaram de frequentar as prostitutas? Não!
Agora a profissão é exercida clandestinamente nos bares, discotecas, a cada esquina, nas beiras das estradas e caminhos das nossas povoações.
Quem ganha com tal situação?
As prostitutas? Não. Não têm acompanhamento médico, não têm protecção pessoal e têm que trabalhar à intempérie.
Os frequentadores? Não. Arriscam-se a contrair doenças venérias, estão a ter relações sexuais com profissionais sem qualquer tipo de higiene,...
As famílias? Não. Passeiam no espaço público com crianças e são obrigados a depararem-se com um panorama difilmente explicável a crianças pequenas.
O Estado? Não. Fica desacreditado pela falta de autoridade policial que evidencia, e perde receitas de impostos.
Tudo isto em bom nome de uma hipocrisia que graça na sociedade portuguesa.


A droga é outro exemplo semelhante.
Porque é que se proíbe a comercialização e o consumo da droga? Para que o preço suba e quem se encontra a trabalhar no ramo aufira rendimentos muitíssimo superiores aos que seria normal num mercado aberto.
Pergunto-me:
Quem se quer drogar, deixa de o fazer por ser ilegal? Não.
É difícil encontrar produto no mercado? Não.
Sou obrigado a viciar-me? Bem, neste momento face aos rendimento do tráfico, sou aliciado a fazê-lo. Se despenalizarmos o seu consumo, deixam de me importunar. Não justifica.
Quem ganha com a liberalização?
Os consumidores? Sim. Passam a ter o produto mais barato, deixam de arruinar as famílias ou a roubar terceiros para arranjar dinheiro para o vício.
As famílias? Sim. Pelo motivo atrás referido e porque deixam de ter nas escolas e outros locais públicos profissionais a aliciarem os seus filhos.
O estado? Sim. Aumenta a receita de impostos e elimina os custos com a luta contra o narco-tráfico.
Os traficantes? Não. Esses que me desculpem, mas arranjem outro ofício. O mercado emagrece, os lucros também, logo para que o bolo chegue para saciar a fome, têm que ser menos a comer. Para serem os mesmos, têm que diminuir a ração.
Então, porque é que esta hipócrita sociedade em que vivemos continua a ter pudor na liberalização. Algumas pessoas, porque não passam de intelectualoides de 3ª categoria, outros porque ganham dinheiro com o narco-tráfico.

Nota final:
Claro que tal tomada de posição, teria que ser tomada de uma forma global pelos países e não apenas por Portugal individualmente, pois cairíamos na possibilidade de nos tornar-mos no cano de esgoto da Europa; basta ver o caso de (parte) Amesterdão.
Além disso, dever-se-iam reforçar as campanhas públicas contra tal prática, demonstrando as graves consequências que daí advêm.

Muitos mais exemplos existem.

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