terça-feira, março 31, 2009

André Rieu, Live in Australia

No Sábado fui passear ao Colombo mais a família.
Sempre que vamos ao Colombo, temos que parar na FNAC; faz parte.
Sabia que já tinha saído em DVD o novo filme do 007, pelo que....tinha que o comprar.
Fui passeando por entre os expositores e num televisor estava a passar o musical do André Rieu, gravado ao vivo em Melbourne, na Austrália.
Aquilo é que é um espactáculo musical!!!
A alegria, a vivacidade dos músicos, os trajes, os cenários, o reportório musical,......a sintonia é perfeita.
Como já tinha na mão o 007, não me estava a apetecer largar mais dinheiro pelo André Rieu. Fui dar mais uma volta e voltei a bater com os olhos na televisão.
Que espectáculo esplendoroso!
Pensei em deixar o meu 007 na prateleira e trocá-lo pelo André Rieu. Mas......largar o 007, parecia pecado!
Acabei por tomar a decisão de trazer os dois (2) DVD’s.
Quando cheguei a casa, vi primeiro o 007 e depois o André Rieu.
O musical é comovente. Até as lágrimas me vieram aos olhos!
Ontem voltei a vê-lo na íntegra. Que espectáculo!!!!
Aquela música encaixa na perfeição no meu estilo de música, no meu modus vivendis. Deixa-nos bem dispostos. Faz-nos bem ao ego e à saúde. Sentimo-nos leves depois do espectáculo.
Claro que para tirarmos o proveito total do show, temos que ter uma aparelhagem sonora a condizer. O som da televisão não chega.
Hoje se pudesse, voltava a ver o espectáculo.
Assombroso! Lindo! Cativante! Enebriante!

NOTA:
O meu analfabetismo músical, sempre foi algo que me deixou incomodado comigo mesmo. Adorava ter tempo para aprender um instrumento fosse ele qual fosse: piano, violino,...viola.....e então quando vejo um espectáculo assim , dá-me vontade de largar tudo e dedicar-me de corpo e alma à música.
As necessidades financeiras é que acabam por nos conduzir noutra direcção. É pena!

segunda-feira, março 30, 2009

6ª feira, dia 27, 17:06

Hoje é 6ª feira, dia 27 de Março, são17:06.
Esta semana já cá cantam 44 horas efectivas de trabalho e estou com mais trabalho pendente do que na 2ª feira quando entrei na empresa.
Assim não dá! O esforço parece inglório!
Estou aqui sentado à secretária, escrevendo estas linhas depois de um dia, em que fiz tudo, menos aquilo que tinha planeado fazer.
Há minutos atrás, na expedição a embalar um flap, um funcionário bateu com ele, sei eu lá onde, e enfiou-lhe uma mossa no bordo de fuga. Solução: enviar outro flap e reparar este. Reparar significa descravar revestimentos, analisar a situação das frames, ..........
Num Rudder, deram uma cacetada no Compensador. Substituir o Compensador no Rudder e repará-lo.
Noutro Rudder, deram-lhe sei lá eu com o quê (seria um martelo),....., repará-lo como? De que forma?
Na Rear Fuselage, pregaram com 7 furos dia. 2,5mm, a uma distância de 10mm da posição donde deviam estar. Tapar com rebites fresado-fresado e abrir a furação no sítio certo.
.........................................
Prefiro ficar por aqui!
Eu sei que a Engenharia só existe para resolver os assuntos mais complicados. Se fossem simples, qualquer indivíduo resolveria a situação.
O problema é querer fazer trabalhos de fundo, como seja a industrialização de um componente em que se tem que fazer uma estrutura de produto, abrir listas de componentes, abrir desenhos,......actividades em que se tem que estar concentrado e estar sistematicamente a ter de interromper o trabalho, para resolver estes assuntos mundanos, que se as pessoas estivessem concentradas no que estão a fazer, não cometeriam tais erros.
Quem é que tem que engolir a pílula? A Engenharia! Eu!
Para ajudar à festa são clientes italianos, franceses, suíços, todos a quererem coisas: dados, mapas, resultados, ...........
Difícil! É muito difícil viver assim!
Pelo menos não me posso queixar de falta de trabalho.
Ah, isso não!

sexta-feira, março 27, 2009

Há negócios que não lembram o diabo!

Em trânsito no aeroporto de Roma (Fiumicino), deparei-me com uma situação interessante no free-shop.
Lá, existe uma loja oficial da Ferrari.
Não vendem Ferraris, mas vendem:
- carros tele-guiados;
- camisolas;
- bonés;
- malas de viagem;
- bonecos,
- ........,
enfim toda uma panóplia de items relacionados com a marca.
Até aqui, nada de especial.
O que espanta é, por exemplo, venderem em caixas de acrílico:
- 4 válvulas usados (mas, com etiqueta Ferrari): 400€
- 1 pistão usado (idem): 600€
- 1 volante (idem): 26.000€
Em suma, a Ferrari nem o material velho deita fora.
Põe em bonitas caixas de acrílico e vende ao público; aos fanáticos da Ferrari.
A isto é que se chama vender bem uma marca.

Pus-me a pensar!
E se eu vendesse numa loja todas as peças de aeronáutica que são assucatadas pela produção?
Se calhar ganhava bom dinheiro!
Os aviões sempre fizeram parte do imaginário de muita gente.
Será que conseguia fazer negócio, mesmo sem uma marca por detrás?
Tenho que pensar seriamente no assunto.

quinta-feira, março 26, 2009

Episódio passado numa reunião

Esta semana passou-se um episódio interessante numa reunião de Programa.
A certa altura os ânimos entre o pessoal do Controlo de Produção e dos Aprovisionamentos alterou-se. O tom de voz subiu, começaram os insultos dissimulados.... e só faltou pregarem-se à chapa.
Isto tudo para ficarem bem na fotografia, visto que estava presente um vice-presidente da empresa na reunião.
Como eu estava lá como responsável técnico da Engenharia e o assunto não era nada comigo (apesar de indisposto com a situação), comecei a pensar noutros assuntos pendentes que tinha de outros programas, esses sim, importantes para mim.
Ao meu lado estava sentada uma colega de há muitos anos, que sabe que eu tenho um comportamento um pouco irrascível.
Surpreendida com a minha postura escreve-me num papel:
- Correia, que comprimidos andas a tomar? Fazia-me falta uma caixa.
Resposta minha também por escrito:
- Sexo todas as manhãs ao levantar!
Ela não conseguiu conter uma gargalhada sonora, que não estava muito de acordo, com a cena pesada que se estava a viver na sala.
A verdade é que se fez silêncio, olharam todos para ela com um ar inquiridor, sem perceberem o motivo do riso.
Instantes depois, retomou-se o assunto, mas num clima um pouco mais calmo.

Conclusão:
No meio de uma contenda, de um pico de stress, de uma cena mais grave, nada melhor que uma gargalhada para libertar (limpar) as mentes humanas.

NOTA IMPORTANTE:
Para que fique registado, não faço sexo todas as manhãs.
Aliás, não faço sexo de manhã. Não é a altura que a minha esposa mais aprecia.
Pensando bem.......quando foi que aconteceu pela última vez?
2008? 2007? Não me lembro! Mas penso que já foi neste século!
Não, isso eu tenho a certeza!

quarta-feira, março 25, 2009

Brindisi

O mês passado tive que ir à AgustaWestland (AW) em Brindisi (Itália) em trabalho.
Brindisi fica mesmo na ponta do tacão da bota, que é a Itália.
Zona pobre! Nada que se compare à zona limítrofe de Lisboa.
Indústria, não existe, para além da AW. De resto é apenas agricultura que se vê.
As amendoeiras já estão floridas. Aliás aquela zona faz muito lembrar o Algarve.
Apenas as praias, na sua maioria não têm areia; só calhaus.
Fui via Roma (aeroporto de Fiumicino). De lá até Brindisi ainda é cerca de 1 hora de avião.
Na AW encontrei gente muito simpática, bons profissionais, experientes. Empresa bastante acolhedora, apesar de tecnologicamente falando um pouco parada no tempo....aliás à semelhança desta onde trabalho. Muito longe por exemplo de uma Eurocopter Deutschland na Alemanha, ou de uma GKN Aerospace no Reino Unido.

terça-feira, março 24, 2009

Porque é que eu existo?

Às vezes pergunto-me a mim mesmo o que é que eu ando a fazer neste Mundo?
Será que a minha existência serve a alguém? Serve algum propósito?

Todos os dias faço as mesmas coisas:
- Levanto-me às 06:00
- Entro no trabalho por volta das 08:00 – 08:15
- Vou almoçar às 11:50
- Regresso pelas 12:30
- Saio do emprego por volta das 18:00 - 18:30
- Janto por volta das 20:00
- Deito-me às 21:00
- Leio um pouco e apago a luz.

Será que isto faz algum sentido?

De facto se olharmos para um formigueiro, as formigas também fazem sempre a mesma coisa. Se calhar, a única diferença que existe entre a nossa organização e a delas, é a dimensão.

Vida estúpida!

A minha esposa costuma dizer que eu nesta altura do ano fico sempre assim.
Se calhar é verdade......mas também não deixa de ser verdade que os anos sucedem-se e a vida é sempre a mesma.

Bem, vou industrializar mais um bocado de um helicóptero, agora para a Arábia Saudita!
É a única coisa que sei fazer e para a qual tenho tempo disponível.

domingo, março 22, 2009

Taça da Liga: a vergonha

Há muito tempo que não escrevia no meu blogue, mas hoje não posso deixar de o fazer.

Ontem assisti na televisão ao maior roubo alguma vez cometido por uma equipa de arbitragem numa partida de futebol. Em 47 anos de vida, nunca vi nada assim.
Toda a minha vida fui benfiquista. Muitas vezes sofri em partidas decisivas, mas tenho que admitir que o Sporting foi descaradamente roubado, através de um penalti, que nunca existiu.
Estou revoltado com o clube por ter conseguido celebrar a conquista de uma taça que não mereceu em campo.
Se eu fosse jogador do Benfica, tinha-me recusado quer a receber a taça, quer a receber a medalha. ASSIM NÃO!
Por vezes ser o melhor em campo, não é suficiente (existe o factor sorte), mas aqui não só o Sporting foi o melhor em campo, como ganhou o desafio por 1-0.

A Federação Portuguesa de Futebol a bem da transparência deveria obrigar a que o jogo fosse repetido. Caso não o faça, a suspeição de corrupção sobre a instituição permanecerá no espírito, penso que, da maioria dos portugueses.

Enquanto a verdade do jogo continuar a ser destorcida como tem frequentemente acontecido nos últimos tempos, eu recuso-me a falar mais de futebol, ou ver jogos oficiais de futebol.

Mais: os jogadores que hoje envergam a camisola do Benfica não são dignos de o fazer.

Até que todos eles sejam irradicados do clube, treinador incluído, não mais me considerarei benfiquista.