segunda-feira, março 30, 2009

6ª feira, dia 27, 17:06

Hoje é 6ª feira, dia 27 de Março, são17:06.
Esta semana já cá cantam 44 horas efectivas de trabalho e estou com mais trabalho pendente do que na 2ª feira quando entrei na empresa.
Assim não dá! O esforço parece inglório!
Estou aqui sentado à secretária, escrevendo estas linhas depois de um dia, em que fiz tudo, menos aquilo que tinha planeado fazer.
Há minutos atrás, na expedição a embalar um flap, um funcionário bateu com ele, sei eu lá onde, e enfiou-lhe uma mossa no bordo de fuga. Solução: enviar outro flap e reparar este. Reparar significa descravar revestimentos, analisar a situação das frames, ..........
Num Rudder, deram uma cacetada no Compensador. Substituir o Compensador no Rudder e repará-lo.
Noutro Rudder, deram-lhe sei lá eu com o quê (seria um martelo),....., repará-lo como? De que forma?
Na Rear Fuselage, pregaram com 7 furos dia. 2,5mm, a uma distância de 10mm da posição donde deviam estar. Tapar com rebites fresado-fresado e abrir a furação no sítio certo.
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Prefiro ficar por aqui!
Eu sei que a Engenharia só existe para resolver os assuntos mais complicados. Se fossem simples, qualquer indivíduo resolveria a situação.
O problema é querer fazer trabalhos de fundo, como seja a industrialização de um componente em que se tem que fazer uma estrutura de produto, abrir listas de componentes, abrir desenhos,......actividades em que se tem que estar concentrado e estar sistematicamente a ter de interromper o trabalho, para resolver estes assuntos mundanos, que se as pessoas estivessem concentradas no que estão a fazer, não cometeriam tais erros.
Quem é que tem que engolir a pílula? A Engenharia! Eu!
Para ajudar à festa são clientes italianos, franceses, suíços, todos a quererem coisas: dados, mapas, resultados, ...........
Difícil! É muito difícil viver assim!
Pelo menos não me posso queixar de falta de trabalho.
Ah, isso não!

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