terça-feira, outubro 18, 2005

Dia de cão

Há dias em que as coisas parecem nunca correr bem, por mais que um indivíduo se esforce.
Ontem morreu o meu primo mais velho To Zé. Deveria ter cerca de cinquenta e poucos anos. Indivíduo enfrascado em drogas duras, preso várias vezes, agrediu e roubou familiares....enfim, com um historial difícil de imagir e de que eu só sei uma ínfima parte.
Morreu, vai ser enterrado amanhã, pronto! Acabou! O pior são os meus tios que cá ficam, coitados.
A verdade é que durante a sua juventude os meus tios não o apoiaram conveninetemente, quer na sua instrução (pois acho que só tem a 4ª classe), como na sua educação. Não sei se só por isto, ou também por isto, o resultado está à vista. O irmão mais novo ao que tudo indica, não anda nas drogas, mas parece que se mete na bebida em grande. Também tem quarenta e tal anos, nunca casou, nem tem rumo certo na vida Qualquer dia vai fazer companhia ao outro com uma cirrose. Uma coisa é verdade: o meu tio sempre disse que o importante não era ser “doutor”, mas sim saberem defender-se de uma navalha ou uma pistola; ter “caparro” para dar surras em quem fosse preciso. Enfim.......
Hoje que sou pai neste conturbado cenário internacional (e sobretudo nacional) em que vivemos, em que os valores infelizmente estão subvertidos, também é difícil criar uma criança. A minha filha, está a passar uma fase de difícil controlo. Parece que só conhece duas palavras: não e quero. A minha mulher que é uma pessoa muito calma e compreensiva, também já está com dificuldades em suportar a situação. Eu idem, para além de sentir tristeza ao olhar para ela. Eu adoro a minha mulher, mas sinto-a um pouco perdida e desgastada com esta dificuldade. Faço o que posso para a ajudar, mas as minhas forças emocionais e físicas também não são as melhores.
É por vezes difícil saber onde fica a fronteira entre as atitudes corectas e as incorrectas. Gostaria do fundo do meu coração que a minha filha fosse uma mulher feliz e realizsada......mas é tão difícil saber perante as inúmeras situações que se nos deparam, quais as atitudes mais correctas a tomar.
Sobre este aspecto, gostaria de ser como os meus pais, que foram perfeitamente exemplares na educação que me deram e que eu hoje agradeço do fundo do meu coração. Só gostava de ter a paciência, visão, sensibilidade, compreensão que eles me demonstraram perante as minhas adversidades.
A verdade é que o meio em que vivemos hoje também não é o mesmo. Os perigos são maiores, até devido à alteração dos valores morais e não só, desde a minha infância até hoje.
A minha filha tem um temperamento muito forte. Não quero alterar-lhe isso. É dela, é inato. Agora como todos os diamantes em bruto, só têm o seu devido valor depois de lapidados.....e eu tenho tanto medo de me enganar a lapidar o diamante. Se me enganar, não há cola, solda, massa, que se possa pôr para emendar o erro.
As relações humanas são uma coisa tão complicada de gerir......
Talvez amanhã me sinta melhor! Hoje não é um bom dia para exprimir sentimentos. Apetecia-me saltar para cima de uma mota, e guiar sem destino. Sentir o vento na cara, observar as maravilhosas paisagens que Deus nos deixou e fazer quilómetros, quilómetros, quilómetros,..........

Passeio de bicicleta a Alhandra

No passado Domingo voltei aos meus passeios matinais de bicicleta.
Com o calor que tem estado (+30ºC), não tenho vontade nenhuma. Prefiro dar um passeiozinho na minha motorizada. Só tenho pena de não ter algo mais potente e fiável para poder alargar os passeios sem receios, mas enfim.....o dinheiro não chega para tudo e quem não tem dinheiro, não tem vícios!
Ontem fui pela estrada nacional 10 até Alhandra. Dei uma volta no passeio pedonal que irá no futuro ligar a Vila Franca de Xira, dei uma espreitadela ao pessoal a nadar na piscina e sentei-me um pouco à beira-mar a ver o pessoal a fazer vela e remo. Esta zona está muito bonita! Parece quase a Expo.....salvo as devidas proporções evidentemente.
Depois regressei a Alverca, fui até ao Museu do Ar ver os aviões e retomei o caminho de casa, para uma duchada reconfortante.
Evitei sempre ultrapassar as 120-130 pulsações por minuto e pela 1ª vez desde à muito tempo, senti-me fisicamente bem. Sem dores no peito, sem palpitações no coração. Parece que aos poucos finalmente o meu organismo está a entrar nos eixos! Tive que tomar o calmante às 18:00, quando estava previsto para as 20:00, mas lá estava a vir o nervoso galopante. À noite, reforço da dose. É estranho! Sinto que quando faço esforço físico, fico passado um tempo mais nervoso, mais excitado do que o normal. Esta vez não foi excepção, mas pelo menos já não senti aquelas palpitações cardíacas terríveis. Parece um motor a alta rotação a trabalhar em 3 cilindros. É um horror! Já estou farto destas sensações! Sinto que agora que comecei a tomar as vitaminas Stresstab, o meu corpo está lentamente a regressar à normalidade. Os calmantes só, não me resolviam o problema.
Quero ver se volto a treinar na minha bicicleta em casa 2 vezes por semana e depois fazer o meu passeiozinho dominical, indo alargando os percursos semana após semana.
Já antes das férias tirei umas cópias de uns itinerários para ir conhecer Lisboa. Agora que fisicamente me começo a sentir melhor, vamos ver se os consigo fazer.
Cheguei à conclusão que vivo em Lisboa à 43 anos, e existem milhões de sítios que nunca visitei. A última visita que fiz à mais de 6 meses atrás, foi ao Castelo de S. Jorge. A vista é linda! Um verdadeiro espectáculo! Há anos que lá não ía.
Em Lisboa, existe miradouros excepcionais! Mas para isso, tenho que me ir preparando fisicamente, com muita calma e progressivamente.
Tenho fisica e psicologicamente passado um dos piores momentos da minha vida. Tento fazer com que a minha mulher não se aperceba minimamente deste calvário; da luta dentro de mim. Hoje em dia não peço muito para mim. Só gostaria de ter saúde, para disfrutar de tantas coisas que me rodeiam e que infelizmente devido à pressa diária, raramente me apercebo delas.
Tenho a mania que sou forte e que os esgotamentos nervosos só acontecem aos outros. Já tive quebras físicas e psíquicas, mas esta......tem sido muito difícil de superar. Já passaram largos meses e ......só agora começo a ver a luz ao fundo do túnel!
O meu tio que é médico, queria que eu fosse consultado por um psiquiatra. Eu disse-lhe que ainda não estava maluco. Vamos ver se me aguento.
Se calhar é a andropausa que anda por aqui. As pessoas julgam-se imortais até determinada idade; depois, apercebem-se que a realidade é outra e isso mexe muito com a psique.

domingo, outubro 16, 2005

Viva em paz....

“- Sonhe, mas não deseje ser quem você não é.
- Isso é pesadelo.

- Almeje, mas não queira uma vida igual à de outrem.
- Isso é morte.

- Imagine, mas não fantasie com o que não pode ter.
- Isso é loucura.

- Dispute, mas não tente vencer o invencível.
- Isso é suicídio.

- Fale, mas não apenas de si próprio.
- Isso é egoísmo.

- Apareça. Mas não se mostre com orgulho.
- Isso é exibicionismo.

- Admire, mas não se machuque com inveja.
- Isso é falta de auto-apoio.

- Avalie, mas não se coloque como modelo de conduta.
- Isso é egocentrismo.

- Alegre-se, mas não em exagero e com alarde.
- Isso é desiquilíbrio.

- Elogie, mas não se desmanche em bajulações.
- Isso é hipocrisia.

- Observe, mas não faça julgamentos.
- Isso é baixa auto-avaliação.

- Chore, mas não se declare um ser infeliz.
- Isso é auto-piedade.

- Importe-se, mas não cuide da vida do próximo.
- Isso é abandonar a sua própria vida.

- Ande, mas não atravesse o caminho alheio.
- Isso é invasão.

- Viva feliz com o que pode ter. Feliz com o que dá para ser.
- Isso é Paz.”

(autor desconhecido)

Sem comentários!

Paris

Há uns anos atrás depois de dezenas de vezes fazer tranfers nos aeroportos de Orly e Charles de Gaulle, eu, a minha mulher e os meus sogros decidimos tirar uns dias e ir fazer as compras de Natal a Paris.
Ficámos num conhecido hotel na famosa zona de l’Ópera e fomos à descoberta da cidade e das prendas.
Tenho a felicidade de conhecer muitas cidades por essa Europa fora e não só......mas de facto, Paris é Paris!
Na altura do Natal todas as ruas e lojas estão enfeitadas com milhares de lâmpadas. Existem dezenas de milhares de pessoas nas ruas atarefadas nas compras. Existe um quê de muito especial no ar.
A Torre Eifel apesar de ser um amontoado de ferro seguro por milhões de rebites é de facto no seu conjunto uma soberba obra de arte arquitetónica. Em cada um dos quatro pilares, temos um elevador que nos conduz ao 1º andar, onde existe uma loja de “souvenirs” (caros) e um restaurante com preços exurbitantes. Apanhando o elevador seguinte, chegamos ao topo da torre. Aí sim, abre-se-nos uma visão impossível de descrever, fotografar ou mesmo filmar condignamente. A vista da torre de telecomunicações de Munique é excepcional, mas não comparável com a presente vista. É das vistas de cidades mais deslumbrantes que tive oportunidade de ver em toda a minha vida!
Visitámos a Torre Eifel por duas vezes. Uma de dia, outra de noite. De dia tem-se uma panorâmica magnífica sobre toda a cidade, nomeadamente a zona do rio Tamisa e toda a zona nova de Paris: “La Defense”. Percebe-se perfeitamente o rendilhado das ruas e a sua convergência para a zona do Arco do Triunfo. À noite pude confirmar porque é que Paris é considerada a cidade luz. É simplesmente indescritível a vista nocturna! Os barcos que navegam no rio encontram-se todos iluminados. O movimento inusitado destes (compridos e estreitos de acordo com a pouca largura do rio), uns restaurantes flutuantes, outros de carga, dão-nos a ideia que passeiam enormes cardumes de peixes luminosos no rio, de um lado para o outro.
De metropolitano, chega-se a todo o lado. O carro não faz falta para nada. Só atrapalha. Os condutores são tão ou mais indisciplinados do que nós portugueses.
A zona de Montmartre (zona dos pintores) tem um ar muito pitoresco, com dezenas de artistas na rua retratando pessoas, fachadas de edifícios, pormenores singulares da zona.
Os Campos Elísios são uma azáfama de veículos e lojas de enormes dimensões, divididas por 5,6, 7 pisos. Todas as árvores que ladeiam a avenida estão iluminadas, bem como os edifícios e montras. Estas apresentam bonecos articulados eléctricamente, pelo que as montras parecem estar permanentemente a mexer-se. A noite parece dia! Pela primeira vez, entrei numa loja da Séphora. Que loja enorme!!!! Têm televisores em vários recantos, com dados sobre o mercado de valores de produtos de beleza. Nem fazia idéia que tal coisa existisse! Conhecia o mercado de capitais, de mercadorias,...., mas agora de produtos de beleza? Não fazia idéia que tal mercado movimentasse assim tanto dinheiro!
Junto ao Eliseu, encontram-se as lojas de grande luxo: um pouco à semelhança da nossa Avenida da Liberdade! Para se saber o preço das coisas, é preciso contar todos os dígitos à esquerda da vírgula, não vá a gente enganar-se.
Como estávamos no Inverno, o “Jardin das Tulleries” não me pareceu grande coisa. O nosso Parque Eduardo VII, é bem mais vistoso. No entanto a época do ano, também não era a melhor.
O “Museu du Louvre” é enorme. Não me senti esteticamente ofendido com a pirâmide em vidro de estilo moderno que colocaram agora à entrada para o museu. A fila de pessoas para acederem ao seu interior é no mínimo incrível. É preciso gostar muito de arte para passar tantas horas numa fila de espera!
É de facto uma cidade magnífica que merece ser conhecida! Poderá parecer um cliché, mas não é.
Gastámos muito mais dinheiro do que pensámos gastar. Andámos anos a pagar à banca parte do que gastámos, mas não considero que tenha sido uma despesa. Foi antes um investimento em cultura e conhecimento, que jamais se apagará da minha memória.

domingo, outubro 09, 2005

A vida....

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charlie Chaplin)

Sem comentários!

“Entrapment” (Armadilha)

Ontem estive a rever o filme “Entrapment” (Armadilha) com o Sean Connery e Catherine Zeta Jones.
Aquilo é que são 2 ladrões profissionais de primeira água. Claro que aquilo é filme, mas temos exemplos brilhantes como o assalto ao comboio de Londres ou em Portugal o episódio Alves Reis.
Se há coisas que eu de facto odeio são maus profissionais.
Cada qual tem a profissão que tem. Uns são médicos, outros advogados, engenheiros, ladrões, electricistas, prostitutas, pedreiros,......., o que seja. Agora, o importante é que no seu ramo de actividade, sejam bons profissionais.
Um indivíduo que rouda por esticão, deveria ser condenado a 1 ano de pena por roubo, mais 10 anos por não saber roubar; por não ser um profissional capaz.
Sempre entendi, que para se ser um bom profissional é necessário 20% de inspiração e 80% de transpiração. A inspiração é inata, divina. A transpiração depende da vontade e abnegação das pessoas.
Não me considero um indivíduo inteligente: paciência! Dos 20% de inspiração posso aproveitar 4 ou 5 %. Agora, sinto-me na obrigação de dar senão 80% de transpiração, pelo menos 70%.
70% + 4 ou 5% já dá cerca de 75% de capacidade de realização. Não sendo brilhante, não posso encarar o valor como sofrível ou medíocre.
O desleixo, a falta de vontade, de querer, causam-me a maior indignação e desprezo!
Aquilo que nos diferencia dos outros animais é a capacidade de raciocínio, de aprendizagem e realização. Se somos estúpidos e displicentes, o que nos distingue de um verme, um cão ou um rato?
Odeio gente estúpida e inculta!

quarta-feira, outubro 05, 2005

Nova deslocação a Munique (III)

Percorrer as auto-estradas alemãs (autobahn), nada tem a ver com as nossas.
Estão bem assinaladas, existem placards verticais electrónicos de x em x quilómetros, com indicações, como seja:
- limitação de velocidade, que depende das condições climatéricas e fluxo de tráfego;
- possível existência de engarrafamentos e possíveis itinerários alternativos;
- etc.

As auto-estradas de 2 faixas, normalmente estão limitadas a 120km/h das 8h da manhã às 6h da tarde, sendo livres no restante horário. As de 3 faixas é exactamente o contrário.
É interessante circular a 140-150Km/h e sermos abanados por veículos que circulam a 250, 260, 270 Km/h.
A verdade é que me sinto bem mais seguro nestas vias, do que em Portugal em que a velocidade é limitada sistematicamente a 120Km/h:
- usam sempre os intermitentes quando mudam de via, nós a maior parte das vezes não;
- circulam sistematicamente o mais à direita possível;
- respeitam os condutores que vão na sua frente a ultrapassar a velocidades mais reduzidas, sem emitirem sinais sonoros ou luminosos.

É também verdade que a geometria das auto-estradas na Alemanha é diferente das portuguesas. As curvas são por exemplo, menos acentuadas. Na Alemanha uma auto-estrada como a de Cascais, seria certamente limitada em termos de velocidade....mas, por exemplo a auto-estrada para Badajoz ou para o Algarve, pelo menos em alguns troços, certamente que não.

É também um facto que os automóveis são invariavelmente de categoria superior aos nossos, mas por vezes o facto de andarmos sistematicamente “guilhotinados” a 120Km/h, leva-nos a tomar decisões erradas (impulsos expansivos) em estradas secundárias. Seria preferível autorizar em vias abertas e de pouco trânsito, que as pessoas pudessem dar asas à sua liberdade de condução, e nas estradas secundárias aí sim, recatarem-se a velocidades mais moderadas, cumprindo escrupulosamente o código da estrada.

A repressão sistemática do ser humano, impondo limitações/restrições de comportamento, leva mais tarde ou mais cedo a uma explosão da necessidade de incumprimento do estipulado; a uma necessidade de quebrar as grilhetas que nos prendem. Quem é que hoje em dia possui automóvel e pelo menos uma vez na vida não foi experimentar qual a velocidade máxima que o carro consegue atingir? De certeza que infligiu o código da estrada, porque todos os veículos à venda no mercado ultrapassam o limite estipulado de 120Km/h!
Não será mais perigoso ser-se obrigado a conduzir a 120Km/h, por exemplo de Lisboa a Madrid, onde em mais de 50% do percurso não se encontra ninguém, do que permitir outras velocidades, para evitar o efeito da monotonia, que só leva a desatenções na condução?

Nova deslocação a Munique (II)

A empresa que novamente visitei em Donauwoerth após alguns meses, apresenta alterações significativas de rentabilidade.

Exemplos:

Passado: no self-service após as refeições, punhamos os tabuleiros numa passadeira rolante, que os levavam directamente para a cozinha.

NOTA:
Na nossa empresa em Portugal, temos empregadas que empurram carrinhos para a cozinha e vice-versa, quando estão cheios de tabuleiros;

Presente: o sistema é o mesmo, mas por debaixo do tapete rolante existem caixotes onde pomos de um lado os guardanapos (papel) e do outro os copos (plástico); i.e., somos nós próprios que reciclamos os materiais. Para a cozinha só vai estritamente copos de vidro, pratos, talheres, ....., i.e., material para lavagem e futura re-utilização.


Passado: haviam senhoras que serviam as bebidas. Tinham mangueiras e íam enchendo os copos à medida dos pedidos dos consumidores;

Presente: somos nós que pomos os copos debaixo de uma máquina com várias saídas para as diferentes bebidas.

Nova deslocação a Munique (I)

Na semana passada, tive de me deslocar novamente ao centro industrial da Europa: Munique.
Sempre que me desloco à Alemanha, existe algo que me fica nos olhos.
No aeroporto, encontra-se estacionada uma maquete do novo comboio de levitação magnética (mono-rail) que está a ser desenvolvido em colaboração com a China, Taiwan e Singapura.
As carruagens por dentro, pouco diferem das nossas. A verdadeira revolução baseia-se na inexistência de rodados. As carruagens flutuam num monocarril, baseado no princípio que polos idênticos com o mesmo polo se repelem.
Dea cordo com os dados disponíveis, os 1ºs estudos, já conseguiram velocidades da ordem de 450Km/hora.
Quando o nosso comboio de alta velocidade estiver pronto, por volta de 2015 a 2020, já estará completamente ultrapassado tecnicamente. É aqui que se demonstra o avanço tecnológico de certos países europeus.....e não se trata de uma questão económica, porque mesmo que tivéssemos capacidades financeira para implementar um programa desta envergadura, falta-nos a tecnologia.
Dentro do aeroporto de Munique, o “check-in” da Lufthansa (aliás, de todas as companhias do grupo Star Alliance, entre as quais a TAP Portugal) já é completamente automático. Os passos são simples:
- identificação pessoal com um cartão magnético qualquer;
- informar o computador se se pretende despachar bagagem;
- pôr esta em cima de uma balança;
- retirar a etiqueta e colá-la em volta da mesma;
- escolher o lugar no avião dentre aqueles que ainda se encontram vagos;
- introduzir o cartão das milhas, caso o tenha;
- a mala desaparece no tapete rolante e sai o talão de embarque.

Na sala de embarque, existe um torniquete, que só deixa as pessoas passarem para o avião, desde que se introduza o cartão de embarque.

Tudo isto se passa sem necessidade de pessoal. Tudo está automatizado. As máquinas até têm tradução em português.

Assim se poupa mão-de-obra.

NOTA IMPORTANTE:
Na entrada para a zona do free-shop, continua a existir a vigilância apertada de objectos metálicos, bem como fiscalização de documentação.

Se se rentabilizassem os procedimentos em Portugal como é feito na Alemanha, qual seria a nossa taxa de desemprego? 40%, 50%? Isto dá que pensar! A nossa sorte é que os nossos salários não são equiparavéis aos deles!