quarta-feira, outubro 05, 2005

Nova deslocação a Munique (I)

Na semana passada, tive de me deslocar novamente ao centro industrial da Europa: Munique.
Sempre que me desloco à Alemanha, existe algo que me fica nos olhos.
No aeroporto, encontra-se estacionada uma maquete do novo comboio de levitação magnética (mono-rail) que está a ser desenvolvido em colaboração com a China, Taiwan e Singapura.
As carruagens por dentro, pouco diferem das nossas. A verdadeira revolução baseia-se na inexistência de rodados. As carruagens flutuam num monocarril, baseado no princípio que polos idênticos com o mesmo polo se repelem.
Dea cordo com os dados disponíveis, os 1ºs estudos, já conseguiram velocidades da ordem de 450Km/hora.
Quando o nosso comboio de alta velocidade estiver pronto, por volta de 2015 a 2020, já estará completamente ultrapassado tecnicamente. É aqui que se demonstra o avanço tecnológico de certos países europeus.....e não se trata de uma questão económica, porque mesmo que tivéssemos capacidades financeira para implementar um programa desta envergadura, falta-nos a tecnologia.
Dentro do aeroporto de Munique, o “check-in” da Lufthansa (aliás, de todas as companhias do grupo Star Alliance, entre as quais a TAP Portugal) já é completamente automático. Os passos são simples:
- identificação pessoal com um cartão magnético qualquer;
- informar o computador se se pretende despachar bagagem;
- pôr esta em cima de uma balança;
- retirar a etiqueta e colá-la em volta da mesma;
- escolher o lugar no avião dentre aqueles que ainda se encontram vagos;
- introduzir o cartão das milhas, caso o tenha;
- a mala desaparece no tapete rolante e sai o talão de embarque.

Na sala de embarque, existe um torniquete, que só deixa as pessoas passarem para o avião, desde que se introduza o cartão de embarque.

Tudo isto se passa sem necessidade de pessoal. Tudo está automatizado. As máquinas até têm tradução em português.

Assim se poupa mão-de-obra.

NOTA IMPORTANTE:
Na entrada para a zona do free-shop, continua a existir a vigilância apertada de objectos metálicos, bem como fiscalização de documentação.

Se se rentabilizassem os procedimentos em Portugal como é feito na Alemanha, qual seria a nossa taxa de desemprego? 40%, 50%? Isto dá que pensar! A nossa sorte é que os nossos salários não são equiparavéis aos deles!

Sem comentários: