domingo, setembro 25, 2005

Passeio a Andorra (I)

Há uns anos atrás, fomos (eu e a minha cara metade) de carro a Andorra.
Nós nunca tínhamos visto neve ao vivo. Assim, a minha esposa ofereceu-me de prenda de anos uma estadia em Andorra.
Fizémos uma primeira etapa até Madrid onde pernoitámos, e uma segunda até Andorra.
Na altura tínhamos um Honda Civic 1.5 iLS.
Numa das primeiras saídas em passeio, decidimos ir visitar Pas de la Casa, do outro lado dos Pirinéus.
Iamos a subir a montanha, quando de repente desata a nevar fortemente. O carro sem correntes e com pneus de verão, subia a estrada a 40-50Km/h. Sempre que tentava acelerar mais, ouvia-se um vibrar terrível do chassis, que não era mais do que a consequência da derrapagem das rodas dianteiras. Se queria continuar a subir, a velocidade é aquela e mais nehuma. De repente, passa por nós um Fiat Panda 4X4, como se eu estivésse parado. Que grande bigode! Eu nada podia fazer! Foi aí que decidi, que carros a comprar no futuro só com 4 rodas motrizes.
Chegámos ao alto da montanha, parámos numa bomba de gasolina. Continuva a nevar e fazia frio pra burro! Dirigi-me ao funcionário da bomba para saber se Pas de la CASA era longe. O homem era português. Há sempre um português em toda a parte do mundo! Disse-me que não, mas com o carro que tina se descesse, de certeza que já não conseguiria subir no regresso.
Seguímos o conselho dele e voltámos para trás.
Dias mais tarde, quando finalmente fomos a Pas de la Casa, face à inclinação da estrada, compreendemos que ele tinha razão.
24-09-2005: Passeio a Andorra (II): Espalhanço da minha esposa
Um dos enumeros passeios que demos, foi a um lago gelado, situado perto de Soldeu.
Tinha avisado a minha esposa que nas zonas geladas:
Brancas (sinónimo de neve) se pode caminhar a pé, mas com as devidas cautelas;
Incolores (sinónimo de gelo) não pisar de maneira nenhuma, visto o piso ser muito escorregadio.
Disse-lhe isto várias vezes: olha para o chão quando caminhares!
Perto desse lago gelado, de que já não me lembro o nome (ou se escrevem os relatos imediatamente após os factos, ou as imagens começam a desvanecer-se), ela caminhava na minha frente com a máquina de filmar à tira-colo.
De repente, só a vejo já no ar e como manda a lei da gravidade, dá uma violenta queda. A sorte é que bateu com o rabo no chão. A máquina por sorte, também não sofreu danos.
Foi um episódio divertido. A partir daí, nunca mais se esqueceu da recomendação. Passou a caminhar como uma mulher experiente.
A forma mais marcante do conhecimento, ocorre com os nossos erros!

1 comentário:

Vilma disse...

Só por aí se vê.... as nódoas negras da minha aterrisagem não interessam... a máquina sim! Lindo, coisas são descartáveis, pessoas não!!! Quantas vezes te preciso de ensinar isso????