domingo, setembro 25, 2011

Se fosse rico viveria no Estoril ou em Cascais





A minha avó materna dizia que se fosse rica vivia e derretia tudo no Estoril.
Já no tempo da 2ª Grande Guerra Mundial foi um dos maiores centros de espionagem do Mundo.
De facto, faço minhas as palavras da minha avó: se fosse rico, viveria no Estoril ou em Cascais.
É UMA ZONA LINDA!!!!!!!!

Exposição de arte moderna do Joe Berardo



Este mês fui ver a exposição de arte moderna do Joe Berardo no Centro Cultural de Belém.
Devo ter de facto um problema (será defeito) de profissão.
Não consigo identificar-me com estas pinturas e esculturas.
Por muito importantes que possam ser, visto retratarem uma certa época contemporânea das artes, eu não queria nenhuma delas pendurada nas paredes em casa.
Impressionou-me muitíssimo a arte (pintura e escultura) no palácio dos Dodges em Veneza.
Vieram-me as lágrimas aos olhos quando deparei com a fachada do "Duomo"(Santa Maria del Fiore) em Florença.
Mexeu comigo a Igreja de São João Baptista em Malta.
Agora........... não! Mesmo o próprio Centro Cultural de Belém ........

Exposição dos 50 anos da boneca Barbie



Uma exposição que este patente ao público no último andar do "El Corte Inglês" em Lisboa.
A Exposição dos 50 anos da boneca Barbie.
Houve uma colega minha que viu esta mesma exposição em Praga.
Mereceu toda a minha atenção, porque de facto, os vestidos eram excepcionalmente bem feitos. Os adereços, pulseiras, unhas pintadas, brincos,.... eu sei lá.... um ESPECTÁCULO!!!!!
Havia personagens públicas que estavam retratadas de uma forma magistral: a Cher, Elizabeth Taylor, .....

Uma das mais bonitas exposições que vi nos últimos tempos!!!

Manhã de praia no Estoril



Fez Sábado oito dias, tive um dia deliciosamente simples.
A minha mulher, a minha filha e eu, fomos passear de carro pela Marginal.
Parámos no Estoril e fomos para a praia.
Enquanto a minha mulher lia um dos seus livros predilectos, nós fomos passear à beira mar e ver os peixes.....que, por acaso, tinham umas cores lindas!
A água estava um espectáculo! Acabei por me molhar até ao pescoço!
Passeámos pela praia e fizémos um castelo na areia.
Nada mais simples, nada mais delicioso!
As coisas simples, por vezes, são as que sabem melhor!

O pôr-do -sol no meu refúgio secreto


Aqui fica uma fotografia do pôr-do-sol, ontem, no meu refúgio secreto.
Lindo!

terça-feira, setembro 13, 2011

História de Vida

Existem textos que de deixam sem palavras.
Este é um deles. É uma história.....que só lendo.


Quando era uma pequena menina indefesa fui brutalmente agredida pela minha mãe. Ela bateu-me tanto que me tornei numa poça de sangue, mas fui salva pela minha avó que me levou para o hospital. Este espancamento deveu-se ao facto da minha avó não querer dar dinheiro à minha mãe para ela ir comprar droga. E ela decidiu retaliar em mim. Eu odiava a minha mãe e não sabia o que era ter um pai. A minha mãe nunca falou dele a ninguém e ai de quem a questionasse acerca desse assunto.


Cresci num ambiente muito violento. Existiam agressões diárias psicológicas, verbais e físicas. Quando fiz 18 anos, a minha avó morreu e as coisas deterioram-se mais. Passei a ter uma vida ainda mais miserável em que não havia nada para comer e em que por vezes era expulsa de casa pela minha mãe. E era assim obrigada a dormir na rua, com medo, com frio, com chuva, com fome. A mendigar esmolas e comida a todos os que passavam na rua.


Não continuei os estudos, pois estava fora de hipótese ir para a Universidade. E eu só tinha conseguido concluir o 12º por causa da minha avó. Por isso, fui trabalhar como empregada de mesa. Estava com esperança que ao começar a ganhar dinheiro a minha vida viesse a melhorar. Mas a minha mãe agredia-me violentamente e obrigava-me a dar-lhe todo o dinheiro que eu ganhava para ela gastar em álcool e drogas. Nunca havia comida em casa, mas felizmente podia almoçar e jantar no Restaurante onde trabalhava. Eles conheciam a minha situação e davam-me comida.


Com 20 anos sentia-me uma mulher velha com os sonhos desfeitos que vivia aterrorizada e cuja única preocupação era matar a fome. Tinha de assistir constantemente às ressacas da minha mãe e às agressões que existiam entre ela e outros drogados que frequentavam todas as semanas a nossa casa. Estava mergulhada numa tristeza tão grande que um dia desesperada decidi que queria esquecer tudo e injectei-me. E senti-me leve e livre de toda aquela miséria. E claro, viciei-me naquela sensação de liberdade. Tornei-me eu própria dependente. Eu só ía trabalhar para ganhar dinheiro para a droga. Agora as guerras entre eu a minha mãe eram sobre quem ficava com mais, quem se podia injectar mais vezes.


Comecei a ficar escanzelada. Parecia uma morta viva e a minha dependência tornou o meu comportamento intolerável. Fui despedida e voltei à miséria. Não tinha nada porque lutar, restava-me morrer com uma overdose ou de fome.


Uma manhã bateram à porta. Fui abrir e era um senhor muito bem vestido que perguntava pela minha mãe. Eu disse-lhe que ela tinha saído e ele perguntou se eu era a Carla. Respondi que sim e ele disse-me que era o meu Pai. E abraçou-me a chorar. Eu sentia-me confusa e desconfortável, mas não tinha forças para o afastar e perguntar-lhe. Sim, porque eu tinha tantas perguntas na minha cabeça...


Ele contou-me que a minha mãe me tinha roubado dele quando ele a ameaçou tirar-me dela se ela não fosse para uma Clínica fazer uma desintoxicação. Na altura eu tinha 6 meses. Ele procurou por mim este tempo todo…e isso fazia-me feliz. Era uma sensação tão estranha. Eu nunca me tinha sentido feliz. E já tinha 25 anos.


O meu Pai disse-me que iria cuidar de mim de agora em diante, proteger-me e levar-me dali. Fiz as malas e vim embora com ele. Eu tinha um motivo para viver e eu queria lutar. O meu Pai ajudou-me a fazer a desintoxicação (nunca mais me aproximei de drogas), ajudou-me a voltar a estudar e consegui terminar uma Licenciatura em Psicologia, ajudou-me a acreditar em mim e deu-me amor, carinho, compreensão e colo. O meu Pai fez-me acreditar nos seres humanos e na vida.


Aos 42 anos apaixonei-me a sério. O Eduardo era um homem tão gentil, tão sereno, tão terno. Fomos viver juntos passado um ano. Todos os momentos que passamos juntos foram extraordinários, mas ele queria ter filhos e eu não me sentia capaz de ser mãe. Pela idade, por tudo o que passei…e ele não compreendia. E os nossos caminhos separaram-se. Quando olho para trás sinto que fui cobarde. Eu podia ter tentado mais.


Passaram-se dois anos e estava sozinha. Tinha o meu trabalho e o meu pai. Sentia-me incompleta. E decidi ultrapassar os meus medos e adoptar sozinha uma criança. E conheci a Maria já na fase de adolescência. Era uma rebelde encantadora e foi amor à primeira vista para ambas. Até todo o processo ter sido concluído foi muito complicado, mas valeu a pena. Ela faz-me muito feliz e sinto que ao ser mãe dela, ao cuidar dela estou a libertar-me do meu passado. Ser mãe é uma coisa maravilhosa.


No início deste ano conheci o Shiuuuu por acaso e decidi enviar um segredo a contar uma parte da minha infância maldita. Daí recebo um e-mail dos administradores a informarem-me que alguém que tinha visto o segredo gostaria de conversar comigo e que se chamava Eduardo… Seria? E naqueles acasos que só acontecem na imaginação ou nos filmes ou nos sonhos eu voltei a encontrar o Eduardo que continuava sozinho.


Claro que voltamos a reviver o nosso amor. Claro que já vivemos juntos e felizes. Na nossa idade é proibido perder tempo. A Maria adora o Eduardo e ele faz tudo por ela.


Sou feliz. Graças ao meu Pai, à Maria, ao Eduardo, ao Shiuuuu e a mim.


Obrigado a todos. Sou uma mulher completa.

Retirado do blogue SHIUUUU

sábado, setembro 10, 2011

Ontem foi um dos dias mais tristes da minha vida

Ontem fui acompanhar o corpo do meu tio do Mosteiro dos Jerónimos ao cemitério do Alto de São João.
Ainda hoje, tenho dificuldade em falar sobre o assunto.
Custou-me muito! Eu gostava muito dele e ele de mim!
O meu tio, foi o meu mentor, incentivador intelectual durante toda a minha vida.
O meu modelo como ser humano, como comunicador, como referência no campo do conhecimento. Adorava conversar com ele. Ele conseguia como ninguém estimular os meus neurónios, os meus sentidos.
Sempre o conheci com um livro no colo. Lia tudo o que lhe aparecesse pela frente, versando fosse que tema fosse.
Esta busca incessante pelo conhecimento talvez proviesse do facto de ser Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa. Quiçá, a necessidade que teve de obter respostas enquanto director do serviço de doenças infecto-contagiosas do Hospital de Santa Maria.
Fosse porque motivo fosse, hoje sinto-me mais pobre; muito mais pobre .... e sobretudo com uma tristeza interior difícil de descrever.
Parece que me amputaram uma parte do meu corpo!
A minha tia dizia-me ontem com as lágrimas nos olhos que eu era muito parecido com ele. Respondi-lhe que infelizmente não valia 1/10 da pessoa que ele era, em inteligência, em conhecimento, como ser humano, como comunicador, como respeitador do seu semelhante.
Era um homem íntegro, e que defendia convictamente as suas posições.
Brilhante no raciocínio.....um verdadeiro delírio como conversador.
Por tudo isto, e por ter perdido tudo isto, me sinto hoje muito triste.
Descansa em paz Tio, após teres vivido uma vida plena de sensações.
Obrigado por tudo o que me ensinaste!
Eu nunca te esquecerei!

domingo, setembro 04, 2011

Lisboa é uma cidade LINDA!




Será que alguém é capaz de dizer que Lisboa não é uma cidade LINDA!
Poderei ser um pouco sectário, por ter sido a cidade onde nasci, mas já vi tantas por esse mundo fora e continuo a deslumbrar-me com a cidade que me viu nascer.
A sua luminosidade, a sua harmonia, a quantidade de cenários diferentes que podemos encontrar nela, faz com que seja única no Mundo!

sábado, setembro 03, 2011

Cruzeiros



Quando vejo navios de cruzeiro deste tamanho, fico sempre na dúvida se será agradável navegar no meio de tanta gente.
Na saída nos portos deve ser uma grande confusão!
Se calhar um dia ainda experimento! Só espero não me venha a arrepender.

De facto, se o compararmos com o nosso velhinho paquete Funchal, as diferenças são enormes.
Não te preocupes; és pequenino, mas deixaste-te-me recordações que nunca esquecerei, por muitos anos que viva. Só essas recordações, davam para fazer um blogue novo.

Um cruzeiro num veleiro é que eu adorava experimentar. Sem o roncar e a vibração dos motores; apenas o vento a castigar o pano das velas. Deve ser uma sensação.....