segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Férias 2008

Ando indeciso sobre as minhas férias deste ano.
O que eu gostaria de fazer sei eu:
- Um passeio a Interlaken na Suiça;
- Um cruzeiro ao Alaska a partir do extremo noroeste dos Estados Unidos;
- Um passeio a Nova York, hoje em dia também não de desagradava.
Voltando à Mãe Terra porque as finanças falam mais alto (não é que financeiramente não os possa fazer, mas dada a conjuntura não o devo fazer), gostaria de conhecer quer a Galiza, quer os Picos da Europa.
As férias são em Junho e se não nos perdéssemos pelo Porto, dava para fazer 7 noites num lado, depois uma viagem de 450 Km e 7 noites no outro.
É claro que a brincadeira acabava por dar:
- 1.800 Km de viagem (+ 600 ou 700 Km para passear nos sítios);
- 3.000 € a 3.500€ de estadia e alimentação.
Mesmo assim, continua a ser um pouco extravagante face à frágil situação económica em que o País está mergulhado.
Se calhar a solução é mesmo reduzir o tempo de passeio e ficarmo-nos por um lado ou pelo outro.
Por outro lado, uns 10 dias de férias em Ibiza, Portinatx, onde já tivémos umas excelentes férias com água bem quentinha e sem grande calor visto ser Junho, também não era mal pensado. O Hotel tem uma enorme piscina e praia privativa, local ideal para a minha querida filha se poder movimentar à vontade.... e nós podermos descansar. Depois com carro à porta, sempre poderíamos fazer uns passeiozitos. O pôr do sol é fantástico em Portinatx. Menos carro, mais descanso, mais tranquilidade. Por outro lado, repetir um local de férias, quando só temos um mês por ano?
A minha esposa tanto faz um programa como o outro. Ela quer é passear, laurear a pevide. A viagem da vida dela, era dar um passeio pela Escócia.....mas aqui, lá falam as finanças mais alto. Para além disso, a nossa filhota era capaz de se cansar de passar tanto tempo de carro, apesar da viagem de avião. Com 5 anos, andar de carro é aborrecido. Eu bem me lembro como era no meu tempo.
Açores poderia ser outra solução..........

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Consulta oftalmológica

Esta semana fui ao oftalmologista para uma consulta de rotina.
Disse-lhe que já tinha estes óculos há 3 ou 4 anos (afinal eram 7, como o tempo passa) e que quando estava a ler e a ver televisão ao mesmo tempo, tinha dificuldade em focar a literatura após olhar um tempo para o écran.
Conclusões do médico:
1º A graduação dos óculos está óptima (alguma miopia e muito estigmatismo);
2º Você (neste caso eu) está vivo.
Sem conseguir perceber o que queria dizer, acabou por me esclarecer que a dificuldade que eu estava a experimentar se devia ao facto de ter 46 anos. Dentro de mais um ou dois anos vou ter de passar a usar óculos para o perto e óculos para o longe.
A idade não perdoa!

NOTA FINAL:
A minha mãe também foi esta semana ao oftalmologista.
Parece que tem cataratas e tem que ser operada.
Mais uma vez a “porra da idade” a funcionar....., aqui noutro patamar bem diferente.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

O Sétimo Selo

Acabei a semana passada de ler o livro “O Sétimo Selo” do José Rodrigues dos Santos.
Ainda ando hoje com uma ligeira dor muscular no braço direito, de segurar o volumoso livro.
Olhando para o apresentador de televisão, é difícil reconhecer o génio literário que esconde.
Há mais de 30 anos que eu não lia um romance. Ainda no liceu, era a minha mãe que os lia e depois fazia-me um resumo que eu usava nas aulas e nos exames. Ler José Cardoso Pires e outros escritores que francamente nem me lembro o nome, era um sonífero garantido. Pegava num romance e ao final de 15 minutos estava a dormir; era fatídico. A minha mãe vinha pacientemente ter comigo ao quarto de 15 em 15 minutos para me acordar. Acabou por perceber que a única solução que tinha, era fazer-me resumos dos livros.
Desta vez, foi a minha querida esposa que após ler o livro com tanta sofreguidão me incentivou a lê-lo. De início não queria, mas ela insistiu apenas para que lê-se o prólogo e o 1º capítulo.
Acabei por lhe fazer a vontade.
Comi, gostei e só parei no final. Acabei por tirar horas ao sono, para na tranquilidade do silêncio devorar o livro.
É mesmo um livro à minha medida. Se tivésse sido escrito por um autor anglo-saxónico, tinha futuro garantido. Acho mesmo que dava um excelente argumento para um filme.
Quer a descrição do poder e da fragilidade da indústria petrolífera, quer a problemática da terceira idade, encontram-se exemplarmente relatadas. Só um grande escritor poderia interligar 2 histórias tão diferentes no mesmo romance.
Agora o que é muito inquietante, se na realidade o livro se baseia em factos, é a situação em que o Mundo se poderá vir a encontrar dentro de alguns anos no plano energético.
Na minha opinião há muito tempo que já se deveria ter equacionado em Portugal a implantação da energia nuclear, complementada com um melhoramento do aproveitamento na nossa bacia hidrográfica.
Na área da energia eólica estão-se a dar passos determinantes em Portugal, mas poder-se-ia incentivar mais os privados no domínio solar quer para aquecimento, quer para produção de energia eléctrica. Veja-se o exemplo da ilha de Chipre, ou da própria Grécia.
Portugal é um país com sol durante quase todo o ano e existem tantas habitações uni-familiares!
Os particulares tal como os demais agentes económicos são extremamente sensíveis a estímulos.
Eng. Sócrates, vamos nessa!

NOTA FINAL:
Não há que ter medo da energia nuclear.
A tecnologia nuclear evoluiu de uma forma exponencial desde o incidente em Chernobyl.
A ter medo, isso sim, é da nossa enorme dependência energética do estrangeiro e ainda por cima sendo nós um país pequeno, logo sem grande capacidade de intervenção nas decisões ao nível das instâncias internacionais e relacionamento bi-laterais.