quarta-feira, fevereiro 20, 2008

O Sétimo Selo

Acabei a semana passada de ler o livro “O Sétimo Selo” do José Rodrigues dos Santos.
Ainda ando hoje com uma ligeira dor muscular no braço direito, de segurar o volumoso livro.
Olhando para o apresentador de televisão, é difícil reconhecer o génio literário que esconde.
Há mais de 30 anos que eu não lia um romance. Ainda no liceu, era a minha mãe que os lia e depois fazia-me um resumo que eu usava nas aulas e nos exames. Ler José Cardoso Pires e outros escritores que francamente nem me lembro o nome, era um sonífero garantido. Pegava num romance e ao final de 15 minutos estava a dormir; era fatídico. A minha mãe vinha pacientemente ter comigo ao quarto de 15 em 15 minutos para me acordar. Acabou por perceber que a única solução que tinha, era fazer-me resumos dos livros.
Desta vez, foi a minha querida esposa que após ler o livro com tanta sofreguidão me incentivou a lê-lo. De início não queria, mas ela insistiu apenas para que lê-se o prólogo e o 1º capítulo.
Acabei por lhe fazer a vontade.
Comi, gostei e só parei no final. Acabei por tirar horas ao sono, para na tranquilidade do silêncio devorar o livro.
É mesmo um livro à minha medida. Se tivésse sido escrito por um autor anglo-saxónico, tinha futuro garantido. Acho mesmo que dava um excelente argumento para um filme.
Quer a descrição do poder e da fragilidade da indústria petrolífera, quer a problemática da terceira idade, encontram-se exemplarmente relatadas. Só um grande escritor poderia interligar 2 histórias tão diferentes no mesmo romance.
Agora o que é muito inquietante, se na realidade o livro se baseia em factos, é a situação em que o Mundo se poderá vir a encontrar dentro de alguns anos no plano energético.
Na minha opinião há muito tempo que já se deveria ter equacionado em Portugal a implantação da energia nuclear, complementada com um melhoramento do aproveitamento na nossa bacia hidrográfica.
Na área da energia eólica estão-se a dar passos determinantes em Portugal, mas poder-se-ia incentivar mais os privados no domínio solar quer para aquecimento, quer para produção de energia eléctrica. Veja-se o exemplo da ilha de Chipre, ou da própria Grécia.
Portugal é um país com sol durante quase todo o ano e existem tantas habitações uni-familiares!
Os particulares tal como os demais agentes económicos são extremamente sensíveis a estímulos.
Eng. Sócrates, vamos nessa!

NOTA FINAL:
Não há que ter medo da energia nuclear.
A tecnologia nuclear evoluiu de uma forma exponencial desde o incidente em Chernobyl.
A ter medo, isso sim, é da nossa enorme dependência energética do estrangeiro e ainda por cima sendo nós um país pequeno, logo sem grande capacidade de intervenção nas decisões ao nível das instâncias internacionais e relacionamento bi-laterais.

1 comentário:

Jefferson disse...

Não creio que a energia nuclear seja assim tão boa como vc sugere, sabia que a cada ano que passa o ambiente a volta das centrais nucleares fica pelo menos 1º mais quente!? ou seja isso eh muito mau para o meio ambiente.
minha ideia era de ter mais carros hibridos ate a tecnologia do hidrogenio estar totalmente desenvolvida e que esteja a um preço assecivel a todos nós.
Isso não é tudo, mas não quero escrever mais.

obrigado.