sexta-feira, setembro 29, 2006

Instituto Superior Técnico

Ontem, dia 28 desloquei-me ao Técnico, para assistir a um evento no âmbito da 3ª semana aerospacial.
Há pelo menos 12 a 15 anos que não entrava lá.
Fiquei abismado! Mal reconheci a escola onde eu tanto ri, sofri, chorei.
O pavilhão de Mecânica está na mesma, agora com uma enorme torre onde era o jardim interior.
Os pré-fabricados (chamados A’s) onde tinha as minhas aulas de desenho e onde nos estiradores estavam registadas as chapas de matrículas das “meninas” que andavam ao ataque junto ao Instituto Nacional de Estatística, deram também lugar a um enorme edifício.
Existem cafés com esplanadas por tudo quanto é sítio. Até o BPI, tem agora uma dependência bancária. Não são apenas máqs. multibanco. São funcionários bancários, com gestores de conta. No meu tempo éramos pelintras, ferverosos utilizadores do Metropolitano e da CP, que lá tínhamos uns trocos para ir comer uma sandes ao bar do pavilhão principal. Um dia, até encontrámos um camarão num rissol. Um camarão num rissol!!! Ficou durante muito tempo exposto pendurado num cordel, visto que quem não visse não ía acreditar.
O novo pavilhão de Civil é um luxo. Grandes anfiteatros, confortáveis, com sistemas multimédia. No meu tempo, haviam apenas os do pavilhão central de “suma a pau”, que ao final de uma aula de 1:30, já não sabíamos como posicionar o traseiro.
A rapaziada, anda de automóvel, mota e portátil às costas. Agora até existem salas onde se pode ficar a estudar 24 horas por dia. No meu tempo, às 2 da manhã éramos postos na rua.
Ainda me lembrei do dia em que o meu programa de computador em centenas de cartões perfurados (na altura o computador era um IBM 360), me caíram ao chão. Havia cartões por todo o lado, com o vento a ajudar. Como as instruções (uma por cartão) eram praticamente ilegíveis, porque as fitas de impressão não prestavam, tive que correr o programa várias vezes, até conseguir pôr os cartões pela ordem certa. Outros tempos!
Só os bancos do jardim onde eu namorava com a minha esposa, são os mesmos.
Estão ali investidos uns milhões de contos.
Até me deu vontade de voltar às aulas.
Gostei!

terça-feira, setembro 26, 2006

Situação presente

Não sei porquê, mas apesar dos indicadores demonstrarem uma ligeira evolução positiva da conjuntura económica, o “meu faro”, não acompanha tal optimismo.
Mesmo aqui na empresa, agora gerida por capital e tecnologia estrangeira, algo me diz, que o panorama a curto prazo não se avizinha brilhante.
A realidade não aponta neste sentido, mas o “meu faro”.......raramente se engana.
Esta ideia está na linha da quebra do investimento privado.
Só espero estar enganado.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Meco

Estou triste! Profundamente triste!
Ontem Domingo, a minha esposa pôs a minha mala à porta da rua, para que eu a levasse para a garagem. Percebi o toque! Ela não quer mais passar fins de semana no Meco. Eu percebo que os dias começam a ficar curtos e frescos. Começa a ser mais agradável passá-los em casa. Eu por mim, vestia uma camisola ou duas e continuava a ir, mas para elas não é agradável. Mais, para passarmos os fins de semana no Meco, a minha esposa tem que prescindir das idas à Igreja. Tudo isto para mim é brutalmente castrador e triste.
Ir sózinho e deixar a família? Poderia ser uma solução, mas também não é a óptima.
Porque é que na vida nada pode ser perfeito?

Minha Filhota III

À tarde, mal abro a porta vejo aquela coisa linda a correr para mim de braços abertos e para me dar um beijo muito gostoso.
Não há palavras!
Dispensou-me todas as atenções e mais algumas. Fiquei derretido.
De manhã custou-me, mas tinha de lhe dar uma lição.
As crianças têm um sexto sentido extremamente apurado. Estudam-nos diariamente e conforme o temperamento de cada pessoa, assim reagem para tirar as maiores vantagens possíveis. Cabe-nos a nós direccionar este atributo, por forma a beneficiarem dele no futuro.
As crianças têm também que perceber, que nada neste mundo é de graça. Há um escritor, de que não me lembro do nome que diz: “Se o que adquiriste foi de graça, é porque utilizaste inadvertidamente um cartão de crédito que não era teu”.
Se lhe facilitarmos demais a vida, tornam-se homens e mulheres convencidos que pelo facto de estarem no Mundo, este tem que lhe presentear todos os seus desejos.
Puro engano!

terça-feira, setembro 12, 2006

Minha Filhota II

A marota hoje entrou na casa de banho e nem sequer um beijo me deu. Passou por mim, como cão em vinha vindimada. Aí é? Hoje estás com a mania que és a Rainha do Sabá? Então está bem! Vou-te dar a mesma atenção que me dispensaste.
À hora do pequeno-almoço passou-se o seguinte diálogo:
- Pai, Estás zangado?
- Não. Só gostava de ter tido direito a um beijinho ou a um bom dia.
- Então está bem, toma lá um beijo.
- Não. Não preciso de favores. Gostaria do beijo se fosse espontâneo, agora assim, não.
Passou-se o pequeno almoço, fomo-nos arranjar e descemos para a garagem.
Como sempre sou eu que a ponho no carro da mãe, lhe aperto o cinto e lhe dou um grande beijão. Hoje fiz as operações do costume, mas fechei a porta sem lhe dar o beijo. Se ela não me o quis dar de manhã, concerteza que também não o queria receber agora.
Pela cara que fez, ficou muito sentida.
Estou para ver a reacção dela à tarde quando chegar a casa.
Gosto muito dela, mas não posso facilitar. É filha única e eu não quero criar ums prepotente em casa. Custa-me, mas não há outra solução.

Minha Filhota

Estive hoje a trocar as fotografias que tenho em cima da minha secretária.
Numa delas está a minha filha a sair da água com uma cara muito marota, toda sorridente.
Este ano, apanhou praia até cansar. Pelos vistos não se cansou, pois continua a fazer as maluquiches mais incríveis à beira-mar.
Agora, quero que ela tenha uma experiência nova: pô-la a caminhar na neve enterrando os pés até aos joelhos. Friozinho no pelo, luvas, gorro na cabeça e tudo branco.
Estou curioso, quanto à reacção que vai ter.
Na televisão já viu a Pipi das Meias Altas fazer bonecos de neve. Vamos lá a ver como se sai na realidade.
Para já, temos que aguardar mais uns meses e deixar que o tempo arrefeça. Na Alemanha, por exemplo, ainda está ceu limpo e cerca de 28ºC.
Claro, neve nem ve-la. É ainda muito cedo.

segunda-feira, setembro 11, 2006

X

Este fim de semana no X foi divinal.
As barulhentas pessoas habituais do mês de Agosto já debandaram.
O tempo esteve excelente. O mar com uma temperatura excepcional (talvez a rondar os 20ºC). A ondulação a desfazer junto à praia com força mediana. Uma temperatura ambiente perfeita (nem muito calor, nem frio). Vento zero.
Tomei 2 banhos no Sábado e 2 no Domingo simplesmente magníficos. Em cada um tive mais de ¼ de hora dentro de água, nadando, mergulhando nas ondas, boiando.
No Sábado, almoçámos junto à praia, na esplanada. Ambiente acolhedor, sem barulho, disfrutando de uma paisagem sem fim. Peixinho grelhado, do melhor que se pode comer, um doce de amêndoa para terminar, absolutamente divinal.
Com um conjunto de factores assim, a praia X é a melhor praia do Mundo!
Duches para tirar o sal dos pés e do corpo. Biblioteca para quem quiser mergulhar em assuntos mais profundos ou mundanos. Cinzeiros para levar para a praia, para evitar beatas na areia.
O que se pode querer mais?

segunda-feira, setembro 04, 2006

Déficit Norte-americano

Li na revista World Business, que os Estados Unidos estão com uma taxa de poupança negativa
No ano passado as famílias norte-americanas gastaram mais cerca de 500 mil milhões de dólares do que ganharam. O País consumiu mais de 800 mil milhões de dólares do que produziu.
Quem gasta mais do que produz, tem que pedir emprestado. Assim, os norte-americanos pedem diariamente emprestado cerca de 3 mil milhões de dólares ao resto do mundo.
Quem os financia? Sobretudo Japão, a China e a Arábia Saudita.
Apesar desta situação estar a contribuir para a retoma mundial, não se pode manter por tempo indeterminado.
Assim, mais tarde ou mais cedo, o governo norte-americano, terá que desvalorizar o dólar e subir as taxas de juros.
Como historicamente, quando a economia americano apanha uma constipação, a economia europeia apanha uma pneumonia, as consequências, por exemplo, de uma subida frenética das taxas de juros, terão na economia Europeia e sobretudo Portuguesa consequências devastadoras.
Esperemos pelas cenas dos próximos episódios.
Agora que o panorama é muito negro, lá isso é.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Já ouço

UPI!!!!!!!!! Já ouço outra vez!!!!!!
Regressei ao mundo dos vivos.
Tinha porcaria nos ouvidos, que não acabava mais. Também pudera, com as enormidades que ouço todos os dias.....
Cotonetes nunca mais!
No entanto pus-me a reflectir: se não devemos tirar a cera dos ouvidos e deixar que seja o corpo a expulsar o excesso, também não nos deveríamos assoar. Deveríamos apenas apanhar os “macacos” que ficassem pendurados no nariz pelo lado de fora; tipo teia de aranha. Devia ser giro, circular pela rua e ver a malta toda com os “gajos” pendurados: uns secos, outros mais molhados; uns escuros, outros mais claros. Estou deveras confuso!
A verdade é que só damos importância à saúde quando a perdemos.
Deve ser tão triste a vida daqueles que por um motivo ou outro perderam um dos seus sentidos. Não poder sentir a vida em pleno......