A marota hoje entrou na casa de banho e nem sequer um beijo me deu. Passou por mim, como cão em vinha vindimada. Aí é? Hoje estás com a mania que és a Rainha do Sabá? Então está bem! Vou-te dar a mesma atenção que me dispensaste.
À hora do pequeno-almoço passou-se o seguinte diálogo:
- Pai, Estás zangado?
- Não. Só gostava de ter tido direito a um beijinho ou a um bom dia.
- Então está bem, toma lá um beijo.
- Não. Não preciso de favores. Gostaria do beijo se fosse espontâneo, agora assim, não.
Passou-se o pequeno almoço, fomo-nos arranjar e descemos para a garagem.
Como sempre sou eu que a ponho no carro da mãe, lhe aperto o cinto e lhe dou um grande beijão. Hoje fiz as operações do costume, mas fechei a porta sem lhe dar o beijo. Se ela não me o quis dar de manhã, concerteza que também não o queria receber agora.
Pela cara que fez, ficou muito sentida.
Estou para ver a reacção dela à tarde quando chegar a casa.
Gosto muito dela, mas não posso facilitar. É filha única e eu não quero criar ums prepotente em casa. Custa-me, mas não há outra solução.
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