“O que é a riqueza?” indaga um banqueiro do golfo Pérsico:
Riqueza significa educação (...) competência (...) tecnologia. Riqueza é conhecimento. Temos dinheiro, sim. Mas não somos ricos. Somos como o filho que herdou dinheiro do pai que ele nunca conheceu. Não foi criado e preparado para gastá-lo. Tem-no em suas mãos; não sabe como usá-lo. Se não sabe como gastar o dinheiro, não é rico. Nós não somos ricos.
Sem esse conhecimento, esse entendimento, não somos nada. Importamos tudo. O tijolo para fazer casas, nós importamo-lo. Quando vai ao mercado, o que encontra que seja feito por árabes? Nada. É chinês, francês, americano (...) não é árabe. É um país rico aquele que não pode fazer um tijolo, ou um automóvel, ou um livro? Não, não é rico, penso eu.
A RIQUEZA E A POBREZA DAS NAÇÕES (David S. Landes ; pág. 459)
Não estando Portugal felizmente no estádio de pré-desenvolvimento dos países árabes, mas face à inexorável caminhada da globalização e suas consequências (deslocalização de empresas e centros de decisão), é fácil perceber o panorama que nos poderá esperar o futuro.
Não nos podemos esquecer que:
1. Temos uma das maiores taxas de abandono escolar do conjunto dos países da OCDE;
2. Não temos uma única escola de gestão no ranking das 100 mais conceituadas do mundo. A Espanha têm duas escolas de gestão no ranking das 10 primeiras.
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