Após um almoço em Partenkirchen, servido num restaurante alemão por um português, os meus parceiros de viagem, queriam por força ir visitar Mittenwald para ver o teleférico. Eu, um pouco contrafeito fiz-lhes a vontade. Como responsável pela missão de serviço, compete-me manter a coesão e a motivação do grupo de trabalho. Estávamos de fim-de-semana, porque não satisfazer-lhes a curiosidade. Assim, acelerador no carro e aí vamos nós.
Chegámos a Mittenwald e estacionei o carro mesmo por debaixo do teleférico.
Quando saímos do carro a imagem era deveras assustadora. O teleférico subia, subia, subia,....até desaparecer completamente no cimo da montanha. Se existissem nuvens, ainda se percebia que este ficasse fora da nossa vista, mas o céu estava completamente azul.
Após 3 ou 4 minutos, alguém do grupo afirmou que já nos podíamos ir embora: estava visto. A totalidade do grupo corroborou a afirmação. Eu que até nem queria ir a Mittenwald, opus-me. Chegámos até aqui, agora vamos ser homenzinhos e subir até lá acima. Não sabia onde era lá em cima, mas aquilo tinha que ter um fim; e vamos todos. Não quero medricas. O grupo contrafeito, acedeu. Ninguém queria ficar com o ónus de ser apelidado de medricas.
Comprámos os bilhetes no mais profundo silêncio, entrámos no teleférico e começámos a subir.
No passado já tinha subido em vários teleféricos, mas confesso que este me fez tremer as pernas. Quando olhava para baixo, a altura ia aumentando, transformando Mittenwald numa aldeia de brincar, e posteriormente numa mancha quase indefinível. Quando olhava para cima, continuava a não ser capaz de vislumbrar, onde o teleférico acabava. E a cabine lá ia subindo e balançando.
Por fim chegámos ao topo. Parecia que tínhamos chegado ao topo do mundo. A cordilheira dos Alpes, com os seus picos via-se a centenas de quilómetros de distância. Tudo branco, branco, branco. Nalguns sítios quando caminhávamos enterrávamo-nos quase até aos joelhos. Era por vezes difícil de caminhar, quando saíamos dos trilhos previamente estabelecidos, mas a paisagem era soberba. Um sol radioso contrastando com a neve no chão. Usava e ainda uso óculos foto-gray. Estes com a luminosidade estavam completamente pretos – se calhar foi por isso que as lentes agora já não escurecem com o sol.
Tirámos dezenas de fotografias e por fim apanhámos novamente o teleférico de volta. Não sem que apesar da minha mente já se encontrar avisada, tenha novamente sentido um tremor nas pernas.
Valeu o passeio. Todos concordaram.....e portaram-se condignamente.
2 comentários:
Não espreitaste pra dentro das calças deles? Eras capaz de te surpreender...eheheheh! ;))
Eu adoro andar de teleferico... Um abraco
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