sábado, novembro 21, 2009

Equiparação

A Globalização trouxe para o mercado uma força de trabalho avaliada em 1.200 milhões de pessoas, congregadas num País chamado República Popular da China.
Trabalhadores sem Assistência Social, Subsídio de Desemprego ou Reformas.
Esta situação levou à entrada na arena económica de uma massa trabalhadora a baixíssimo custo. Acontece que enquanto de início se tratavam de empresas que fabricavam produtos de baixo valor acrescentado, tal já não é o caso presente.
A demonstração pode ser vista com a vontade de uma empresa chinesa em adquir o gigante automóvel GM.
Portanto a nós europeus e muito particularmente a nós portugueses, se queremos ter postos de trabalho, dinheiro para alimentar os nossos filhos, só nos resta copiá-los.
Eu já me mentalizei. A carga de trabalho aumenta dia a dia. É preciso fazer cada vez mais. Presentemente estou a fazer 50 horas de trabalho por semana. Já interiorizei que se quiser continuar a ter com que alimentar a minha filha, vou ter que subir a parada para as 60 ou mesmo 70 horas por semana.
As férias planeadas para Julho, já eram. Quando puderão ser? Quando e se o trabalho o permitir. Os chineses também não se dão ao luxo de ter 22 dias de férias.
Quem não pensar assim, só lhe resta esperar que acabe o subsídio de desemprego e depois se especialize na arte do roubo, daqueles que ainda têm alguma coisa de sua.


Notas finais:

Obviamente que o nível de vida dos chineses também terá tendência para ir melhorando.
No entanto não nos podemos esquecer que existem outros países à espera da sua oportunidade, como seja a República Popular do Vietname ou mesmo a Coreia do Norte. Eu sei de firmas chinesas que já se encontram a sub-contratar trabalho ao Vietname em virtude das suas taxas horárias para certos produtos já não serem competitivas.

Não nos podemos também esquecer da necessidade de começar a pensar em poupar, para os tempos em que as entidades patronais dispensarem os nossos serviços por inadequação ao serviço (neste caso, vulgo velhice).
O Estado Social Europeu criado nos resplandesentes anos 60, tem os dias contados quer queiramos, quer não.


Tempos difíceis estes!

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