terça-feira, fevereiro 13, 2007

Novo arranque

Após uma paragem forçada de quase 2 meses, vamos ver se retomamos a escrita.
Primeiro foi o Natal, depois veio o Ano Novo e depois ainda a operação da minha esposa.
É chegado o tempo de me aquietar um pouco, acertar agulhas e definir rumos.
A operação da minha esposa, deu para reflectir muito:
- que eu gosto muito dela (mas isso eu já sabia praticamente desde o dia que a conheci);
- que ela faz muita falta no seio familiar e sobretudo a mim;
- que a devo ajudar mais, nalgumas tarefas das lides caseiras.
Sempre me esforcei para que ela tivésse tudo o que era maquineta disponível no mercado. O que uma máq. pode fazer, não deve ser feito à mão. No entanto, existem inúmeras outras actividades em que de facto eu posso ajudar:
- tratar do lixo e regar as plantas já há muito que fazem parte das minhas atribuições.
- normalmente levantamos juntos a mesa do jantar. Agora porque é que ponho a loiça suja no lava-loiça, se a posso pôr directamente na máq. de lavar? É estúpido! Perde-se menos tempo e evito dar trabalho desnecessário à minha esposa.
- as camas. Por que é que é ela que faz as camas todas as manhãs? Eu não sei fazer o trabalho? Claro que sei! Então porque é que não o faço? Preguiça? É claro que posso passar a fazê-lo.
- aspirar as semestes dos pássaros que caiem junto à gaiola. É complicado fazer este trabalho? Não! Então porque não o faço eu? Não custa nada e ajudo-a a ter menos esta tarefa.
Não quero dizer que me devo substituir à minha esposa, mas quando ambos trabalham fora, de facto tem que haver uma maior colaboração entre todos, para que a vida seja mais simples e agradável de viver.
Eu nunca me tinha apercebido de quão penoso é o trabalho caseiro, até ela ter sido hospitalizada e ter de ser eu a fazer, não tudo, mas uma parte importante.
Outra coisa é também verdade, é um trabalho altamente estupidificante e que eu não recomendo a ninguém.....mas que efectivamente tem que ser feito.
A realidade é que muitas vezes entramos numa rotina e não paramos para pensar se as coisas estão ou não a ser feitas da forma mais rentável. Por vezes é preciso parar para pensar. A organização e o método são a mãe de todas as Ciências.... e isso por vezes falha.
Porquê armar o aspirador grande, quando para apanhar umas migalhas basta usar o pequeno? Resposta: está lá para trás, perde-se tempo a ir buscá-lo. Isto não é resposta!
O que nos distingue dos outros animais é a enorme capacidade de pensar, de reflectir, de inovar. Eu sei, que a lide caseira é monótona, cansativa e pouco inspiradora para “re-engenharias”, mas tem que ser feito, a bem de todos.
Estou convencido que nesta área posso dar uma boa ajuda à minha esposa. Se tanto gosto dela, porque não também o demonstrar, ajudando-a.
Agora mais do que nunca tenho que agradecer à minha mãe, por ter passado ao lado de uma carreira profissional promissora, para me dedicar todo o tempo do mundo e me ter transformado no homem que hoje sou. Bem hajas minha mãe. Te estou profundamente agradecido por isso.

2 comentários:

Vilma disse...

És uma marido maravilhoso! :)
Amo-te muiiito!

Xuinha Foguetão disse...

Yeah!

Foi uma volta em grande.

Gostei, nequinha!
Concordo plenamente.

Beijos