Havia na altura no ramo de Engenharia Civil uma rapariga que toda a gente no Técnico chamava de Belinha. Francamente nunca soube se esse era seu nome.
A mulher era na realidade um espanto: 1,80mt, anca pronunciada, perna alta, bem feita, seios proeminentes. Parecia a namorada do Roger Rabit no filme "Quem tramou o Roger Rabit". Era capaz de levantar o pessoal na esplanada da pastelaria Suíça em pleno Rossio.
Uma vez subiu as escadas rolantes da estação de caminhos de ferro do Rossio à minha frente. Era interessante olhar para trás e analisar quem descia. Eram só pescoços torcidos, com caras incrédulas perante a imagem que se cruzava com eles.
Ela usava sempre enormes decotes, com os seios quase de foram e rachas nas saias quase até à cintura. Poderia ser um mamarracho, mas de facto não era.
Cada vez que nos cruzávamos com ela nos corredores do pavilhão central, sentávamo-nos logo nos bancos mais próximos, fazendo gestos e trejeitos pouco próprios, vindo depois à baila sempre a mesma conversa sobre questões de virilidade masculina:
Será que nós nos aguentávamos na cama com um mulherão daqueles?
Começávamos por onde?
Nunca mais soube nada dela.
Bons tempos de faculdade!
Sem comentários:
Enviar um comentário