Tive 2 disciplinas que me deram “água pela barba”:
- Electromagnetismo;
- Economia I.
A cadeira de Economia I foi a última disciplina que fiz antes da discussão do projecto final de curso.
Fiz exames atrás de exames e não conseguia ter um resultado positivo.
Quem diria que anos mais tarde haveria de fazer uma pós-graduação no ISCTE com 15 valores e ler apaixonadamente vários “best-sellers” de economia com o maior dos prazeres. Se calhar, outra idade...outra maturidade.
Lembro-me de um célebre dia me dirigir para o pavilhão central para ver o resultado de mais um exame de Economia I e encontrar a minha namorada (hoje minha esposa) sentada nas escadas a chorar.
Vários colegas que a conheciam de averem no Técnico, pensando que ela era aluna de lá, consolavam-na com uma palmada nas costas dizendo: “Deixa lá, fazes a cadeira para o ano que vem”
Quando vi a minha esposa a chorar, pensei: Outra vez! Não!!
Abeirei-me dela e disse-me: “Vai ver a nota”
Quando olhei para a pauta nem queria acreditar: 10 Valores! 10 Valores!! Passei!!!
Foi então que percebi, que o diploma estava próximo e o objectivo de ser Engenheiro, concretizado.
Sentei-me ao pé dela e lembro-me de termos chorado juntos.
Antes de entrar para o Técnico, olhava as escadas da Alameda e sonhava um dia poder subi-las. No fim do curso, só desejava descê-las e nunca mais regressar à Alameda.
Foi difícil! Muito difícil! Hoje com 19 anos de trabalho no lombo, aprecebo-me que valeu a pena.
Faço o que gosto!
Exercer Engenharia é de facto o meu grande hobby; independentemente da remuneração, que acaba por ser acessória.
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