quinta-feira, novembro 10, 2005

Ilha de Malta

No 1º cruzeiro que fizémos, a 1ª paragem foi na Ilha de Malta.
Eram por volta das 07:30, quando chegámos a La Valleta.
O sol tinha acabado de se levantar e incidia nas fachadas dos prédios de pedra sobranceiros ao mar. Estes já por si apresentam uma cor amarelada, que fica particularmente realçada pela luz do nascer do Sol.
O efeito é francamente bonito.
Na ilha, existem muitas carruagens puxadas por cavalos, que circulam a grande velocidade ao som de sinetas, para informar e afastar os pedestres.
As ruas são sempre bastante movimentadas e inclinadas, pelo que as mães transportam as crianças em carrinhos de bébé até idades bastante avançadas para o que é normal em Portugal (5,6,7 anos).
Os portais, janelas e varandas dos edifícios, nomeadamente do estado, são todos pintados em côr verde forte, côr que se conjuga bem com o amarelado das fachadas.
O porto comercial, tem um movimento desusado. É enorme a quantidade de navios graneleiros que estão permanentemente a descarregar mercadorias. Sendo Malta uma ilha, mais de 80% das transacções comerciais, são feitas por via marítima. Daí toda esta agitação.
Em termos paisagísticos, é uma ilha tipicamente mediterrânica, com uma paisagem um pouco seca e árida.
O mais empolgante, é sem sombra de dúvidas a Igreja de S. João Baptista. Para mim é a igreja mais sumptuosa e bonita que vi em toda a minha vida.
O chão é todo em mármore negro italiano, sendo na sua quase totalidade pedras tumularesdos sepulcros das mais altas individualidades da igreja católica da ilha e não só. Por o chão ser de mármore (material macio) é mesmo interdito o uso de saltos altos e finos às senhores, para evitar a sua degradação.
O conjunto arquitectónico interior é sumptuoso. Apresenta um luxo, mas ao mesmo tempo uma harmonia difícil de descrever.
É exactamente ao contrário do monumento do Duomo em Florença. Nesta quando se dobra a última esquina e se depara com o monumento, dá vontade de chorar, pelo estrondoso efeito estético que produz em nós. No entanto, o seu interior é de uma enorme rusticidade, comparada com o exterior. Nesta igreja de S. João Baptista passa-se exactamente o oposto. A fachada exterior é igual a tantas outras que já vi. O seu interior não! Quase me atrevia a dizer, que parece o palácio dos Médicis em Veneza.
Vale a pena ir a Malta só para ver o interior desta igreja.

Sem comentários: