segunda-feira, abril 02, 2007

Comboios de alta velocidade

Na semana passada tive que ir à Alemanha em missão de serviço.
Até aqui, nada de especial. Tratava-se de mais uma de dezenas de missões de serviço que já fiz à Alemanha, apesar de nesta estarem envolvidos assuntos muito delicados e com largos milhões de euros à mistura.
Como a volta foi na 6ª feira, e contrariamente ao que é habitual, tivémos que fazer um percurso diferente de regresso: Munique --> Frankfurt --> Lisboa
A distância entre Munique e Frankfurt é cerca de 300Km, pelo que a viagem de avião, não deveria durar mais que 30 minutos. Acontece que desde que o avião levantou voo, até que pousou, decorreram mais de 2 horas.
Primeiro, houve (como aliás é costume) congestionamento aéreo no aeroporto de Munique, pelo que demorámos mais de meia hora desde que saímos da manga, até levantarmos voo.
Depois de cerca de 30 minutos de voo, andámos às voltas sobre Frankfurt, mais de quarenta minutos, para conseguirmos licença da torre de controlo para iniciar a aproximação à pista.
Em seguida e após tocarmos com as rodas no chão, demorámos mais uma eternidade a atravessar uma pista de aterragem, para nos deslocarmos para as mangas de desembarque.
Enquanto em Munique os aviões aterram uns atrás dos outros, em Frankfurt vistos da janela do avião, parecem mosquitos a aterrar todos ao mesmo tempo. Conseguem-se perfeitamente distinguir até ao horizonte, 10 a 15 aviões em simultâneo.
Frankfurt e Munique são dos maiores aeroportos de transbordo do Mundo.
Por sorte o avião para Lisboa, era bastante tarde, o que nos possibilitou andar nas calmas. Outros passageiros não tiveram a mesma sorte. Quando o avião parou, tiveram que pular dos assentos e desatar a correr pelos corredores fora, para apanharem os voos de ligação.
Não se pense que o avião que fez Munique --> Frankfurt era pequeno. Tratava-se de um Airbus A300, que leva mais de 250 passageiros. O avião, aliás como todos os outros, estava completamente cheio. Outro problema: acomodar aquela gente toda.
Como nós saímos de carro de Donauwoerth, teria sido mais rápido apanhar a auto-estrada na direcção de Stuttgart, e depois continuar para Frankfurt.
No entanto, o que é importante reter é a necessidade de incentivar a criação de um sistema ferroviário de alta velocidade, nomeadamente para distâncias pequenas (300 Km a 600 Km). Porque verdade seja dita, nestes tempos de transporte não estou a contabilizar o check-in, a passagem nos controles de bagagem, ....., as enormes distâncias a percorrer até às portas de embarque.
Obviamente que não faz sentido ir de comboio de Lisboa para Munique, mas faz todo o sentido ir de Munique para Frankfurt, de Paris para Londres, de Paris para Bruxelas, ....
Já não vou ao ponto como estão a pensar os Alemães de criarem os comboio de levitação magnética capazes de atingirem os 600 Km/h. Não! Estou a falar dos simples comboios de alta velocidade com rodas, capazes de atingir 350Km/h.
Com a criação do espaço comunitário, cada vez à mais pessoas a viajar, mais inter-câmbio de negócios, idéias, e na realidade o avião nalguns casos, nomeadamente no coração da Europa, não é alternativa de transporte.

1 comentário:

Casa dos Cinco disse...

Criar um comboio, de preferência, de Alverca a V.N.Gaia, a 600 km/h, para estarmos mais perto.

Um Abraço

DTA