segunda-feira, junho 19, 2006

Velocidade de viver

Tive um Professor na disciplina de motores térmicos, que afirmava o seguinte:
“ Se queremos que um motor de explosão seja durável, este deve rodar em contínuo no segundo terço do conta-rotações”
Em termos simples, se um motor a gasolina debita a potência máxima às 6.000 rpm, este deverá trabalhar em contínuo entre as 2.000 rpm e as 4.000 rpm, se queremos que este funcione de forma duradoura.
Claro que passados quase vinte anos (até me parece impossível que já tenha terminado o curso de Engenharia à quase 20 anos), os processos de fresagem e torneamento evoluíram drasticamente, reduzindo-se as necessárias folgas entre peças móveis. As próprias ligas de materiais aplicáveis, evoluíram de uma forma impressionante, pelo que a regra empírica, hoje, parece ser um pouco conservadora, mas no entanto aplicável.
Passando esta regra geral da mecânica para a vida quotidiana, o mesmo se passa. Se queremos viver a vida desabridamente, esta tem tendência a “pregar-nos uma partida mais cedo do que esperávamos”. No entanto, viver a vida sem pimenta, é também um completo absurdo. Não temos conta-rotações no corpo, pelo que a medição do parâmetro não é fácil.
Se queremos ter uma vida que faça sentido, mas que não arrisque o futuro, convém que apliquemos a regra que o meu Professor me ensinou.

1 comentário:

Vilma disse...

Excelente! Tou a gostar das tuas ilustrações! :D