domingo, janeiro 08, 2006

Agadir (II)

Já no centro da cidade, fomos visitar uma fabrica de tapetes e peças metálicas de artesanato, única indústria com alguma expressão na região.
Em seguida dirigimo-nos para o mercado típico de Agadir. O guia pediu-nos para que não nos afastássemos do grupo, não tirássemos fotografias ou fizéssemos filmagens. Eu assentei a máq. de filmar nos braços, como se estivésse desligada,...,mas não estava, o que me permitiu fazer excelentes filmagens.

O mercado marcou-me muito com 2 particularidades:

As especiarias estão à vista de todos em sacos (tipo de batatas de 50 Kg). Havia especiarias de todos os tipos e as mais diversas cores. A mistura de cheiros que pairava no ar, era algo de inebriante; algo que não estamos habituados a sentir, com todas as regulamentações que hoje em dia nos são impostas pela União Europeia. Foi uma experiência diferente de tudo o que tinha sentido até aquele dia.

A 2ª, teve a ver com o lixo que havia nos corredores do mercado. Na zona das hortaliças, por exemplo, o chão encontrava-se de tal forma coberto por detritos, que quando caminhávamos, sentíamos que estavamos a caminhar em cima de um colchão, tal era a forma como o lixo amortecia o pousar do pé no chão. Parecia que estávamos a caminhar com aqueles ténis novos que agora se comercializam, com almofadas de ar. Havia na comitiva pessoas horrorizadas. A minha própria esposa, afirmou que viver em Portugal era viver no paraíso. Não sou tão drástico, mas que é de facto estranho para nós, é. Temos no entanto que ter em consideração que aquele mercado não é para turistas, mas apenas para gente local, e que eles vivem assim à milhares de anos.

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